segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resenha Crítica

Quem nunca esteve diante das dúvidas: que livro ler? Que filme assistir? Que cd escutar?...Consumir ou não os últimos lançamentos de livros, filmes, cds, estréias de espetáculos musicais e teatrais, exposições artísticas, etc? Estamos imersos numa inumerável quantidade de produtos culturais que estão aí para serem consumidos. Escolher o que consumir utilizando os subsídios fornecidos por especialistas e conhecedores desses assustos, através da resenha, pode ser uma boa alternativa.


Conceito

“É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica”.
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php


“Resenha é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos. Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feito pelo resenhista.”
Lakatos e Marconi (1996, p. 90)



Objetivos


•Orientar os consumidores quanto aos produtos culturais, com relação a natureza e qualidade das obras;
•Apresentar informações, além de comentários e avaliações sobre o objeto resenhado;
•Despertar o senso crítico, elevando o nível cultural;
•Auxiliar os consumidores no emprego dos seus recursos;
•Distinguir o novo do tradicional.


Resenha X Crítica

O termo resenha ainda não é comum no Brasil.
Utiliza-se:
Crítica para a unidade jornalística,
Crítico para quem a elabora.



História

Surge a resenha quando o jornalismo passa da fase:


AMADORÍSTICA (espaços das revistas e jornais eram franqueados aos intelectuais para o exercício, eventualmente remunerado, da análise estética no ramo da literatura, música, artes plásticas).

Para

PROFISSIONALIZANTE (valoração dos produtos culturais passou a ser feita regularmente, e por tanto remunerada, adquirindo caráter mais popular).

Após essa TRANSIÇÃO HOUVE RECUSA tanto dos grandes intelectuais que não queriam escrever de forma simplificada, quanto dos editores culturais que julgavam ser indispensável estender a crítica da arte para o grande público.



RESULTADO

Intelectuais passaram a escrever para veículos restritos a classe universitária (elite). E denominaram-se críticos em contraposição àqueles que permaneceram nos meios de comunicação massivos (analistas ou resenhistas).


POR QUE OCORREU ESTA TRANSIÇÃO?

Antes, os leitores dos jornais e revistas eram os mesmos consumidores de obras-de-arte. (público restrito). “Então, era natural que os editores dos veículos cedessem espaço para matérias mais elaboradas que tinham como essência, analisar a própria obra e não a orientação para o consumo.”
Com a produção em escala de jornais e revistas (já atinge um outro público), as análises deixam de ter um sentido profundo com referências históricas, para uma linguagem mais simplificada.
Então, se o público é outro, a linguagem é outra.



Quem Escreve a Resenha?

Jornalistas que já fizeram alguma atividade vinculada ao campo privilegiado de análise e os
Críticos, que abriram mão de escrever para aquele público restrito e envolveram-se como analistas/resenhistas.


Crítica na Resenha

• Postura Crítica deve estar presente do início ao fim;
• O tom da crítica poderá ser moderado,respeitoso, agressivo, etc.
• A abordagem crítica pode constituir-se também no destaque de certas qualidades.


Importante lembrar

•A resenha crítica, hoje, é veiculada em jornais, revistas, rádio e televisão;

•A resenha crítica exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente;

•A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto;

•O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo;

•Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço;



Imprensa. Objeto da resenha jornalística

Segundo Alberto Dines,

“A crítica à imprensa exercida, pois, através da própria imprensa é a forma que o quarto poder encontrou patra submeter-se ao julgamento público e assim enquadrar-se como os três outros no sistema de vigilância e equilíbrio dos regimes democráticos. Ao contrário do que ocorre com os demais gêneros da crítica, especialmente os mais populares, que são os artísticos (livros, artes e espetáculos), o da imprensa não pode fixar-se nas excelências técnicas. O jornalismo não é arte para ser julgado apenas pelos aspectos estéticos. Dadas a função social da imprensa, os aspectos éticos e políticos são mais relevantes”.



Ferramenta de R.P.

Podemos utilizar a resenha como ferramenta de R.P. aplicando a atividade de Assessoria de Imprensa. É preciso se cercar de informações e cuidados para que a resenha publicada esteja constituida por uma crítica positiva, porém como toda assessoria de imprensa isso vai depender também da percepção do resenhista.

Atividade

Todos os grupos identificaram muito bem o gênero jornalístico e suas características. Apenas um detalhe deixou de ser destacado nas atividades e aproveitamos para frisar um ponto importante colocado na apresentação. A denominação do gênero resenha, nos veículo Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, utilizados como exemplos, foi substituída por crítica na maioria das vezes. Apenas em um dos exemplos o veículo denominou a Resenha como análise (termo mais indicado que crítica). Isso exemplifica a generalização do termo crítica e crítico no Brasil. Conforme complementado pelo professor durante a apresentação, encontra-se a denominação clara (resenha) em veículos especializados e dirigidos, com análises mais aprofundadas do que as que vimos nestes exemplos.

Os grupos desenvolveram bem as atividades, que destacaram com as seguintes características:

Resenha
1- Contém título; 2-
subtítulo;
3- Possui opinião fundamentada, com estrutura;
4- Apresentação do objeto analisado;
5- Percebe-se uma crítica moderada; 6- Outra obordagem de crítica moderada;

7- Referências do autor.


Andressa Custódio
Karina Lima
Luciane Bianchi
Luciana Pita
Priscila Rondon

Resenha
Por se tratar de um filme, a referência bibliográfica é composta por enredo, elenco, investimento e local de exibição;
Autor faz referência a outras obras do diretor;
Crítica construtiva e positiva;
Leva o leitor a pensar que o filme é polêmico e que realmente se trata de um filme importante para a sociedade brasileira.


Luciane
Madeleine
Silmara
Vânia

Resenha
1-O autor critica sobre o título da obra;
2-O autor sintetiza a obra e caracteriza o roteiro;
3-O crítico define o estilo do autor, e demonstra conhecimento sobre o seu trabalho; (o primeiro ainda pode ser chamado de resenhista, analista ou autor do texto, e o segundo por diretor)
4-Faz comparativo ao citar outros filmes do autor, mostrando grande conhecimento sobre o assunto, gerando maior credibilidade à resenha;
5-Elementos que auxiliam na caracterização da resenha, trazendo informações sobre a exibição da obra.
Carla Aochi
Claudia Moreno
Daniele Rosati
Giselli Lourenci
Josiane Andrade

Karen Bezerra

Resenha
1- Título;
2- Subtítulo;
3- Referências Bibliográficas;
4- Resumo e Síntese do Conteúdo;
5- Avaliação Crítica,
Enfim, o grupo chegou a conclusão que o texto se encaixa nas características de uma resenha crítica.

Camila Bernardes
Karina Helena
Katty Pacheco
Luiz Cláudio
Vivian Montier
Talita Freita
s


Matéria de divulgação.
A partir do momento em que ele coloca terceiros no texto expondo suas opiniões, deixa de ser uma resenha. (A resenha crítica se caracteriza pela opinião do resenhista, que é especialista sobre assunto. Ele pode até consultar outras opiniões para embasar seu texto porém a opinião alheia não é colocada na integra)

Letycia
Diego
Carol


Bibliografia

Melo, José Marques. A OPINIÃO DO JORNALISMO BRASILEIRO. 2º ed.rev. Editora Vozes. Petrópolis, 1994.

http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php


Agradecemos a sala B 204 e ao professor José Roberto, por terem colaborado com a apresentação de forma participativa.

Daniele Coelho, Eliana Nogueira e Jessica Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

Que grupo gentil.
Até agradeceram.
Cadê a sala para comentar o conteúdo e a apresentação? Devemos isso a ales, não é?
E devemos alguns elogios: a apresentação já tinha sido boa e o conteúdo do blog arrematou o trabalho.
Todos sabem, agora, o que é uma resenha crítica e sabem, também, como usá-la como ferramenta de RP.

Muito bem!

Abraço.

Roberto.