domingo, 12 de outubro de 2008

Colunismo I - Coluna Social

COLUNISMO

O nome “Coluna” surgiu em virtude da diagramação original dos textos não-noticiosos publicados regularmente em espaço predeterminado no jornal. Nos jornais do século XIX, tudo que ao era notícia era diagramado em uma única coluna vertical. Ao passar dos anos, os textos de colunas deixaram de se limitar a uma coluna como diagramação e passaram a ter qualquer formato, mantendo sempre o caráter de informações curtas, em notas, ou observações do cotidiano, com uma linguagem mais despojada, lembrando uma crônica. Até meados de 1990 era mais comum que cada coluna tivesse um tema único e específico. Assim, normalmente o mesmo espaço era preenchido e assinado por diversos profissionais, escrevendo sobre os mesmos assuntos. Atualmente, os colunistas têm recebido maior destaque do que as próprias colunas, o que acaba proporcionando-lhes uma liberdade maior para a escolha de qualquer tema.



O tipo mais comum de colunismo é a chamada Coluna Social, que consiste na reunião de informações sobre personalidades famosas da sociedade de uma cidade, região, país, ou até mesmo do mundo. Costuma trazer notas e fotos sobre tais personalidades, envolvendo quase todos os tipos de assuntos que os envolvem com uma linguagem mais informal, cômica, que desperte o interesse, porém isso varia de acordo com o autor que assina.
Coluna Social, normalmente é criticada, por ser um trabalho que muitas vezes quebra a privacidade de uma ou várias pessoas, cerrando uma “guerra” entre jornalismo e fofoca.


COLUNISTAS

O colunista é o profissional responsável que trabalha escrevendo regularmente para um ou mais veículos de comunicação, produzindo textos. Para ser colunista, não precisa necessariamente ser jornalista, ou seja, ser bacharel em jornalismo, desde que o profissional seja capaz de escrever bem e consiga repercussão. Hoje a profissão ganhou novos rumos, e atualmente está presente na televisão, rádio e Internet, cumprindo com o mesmo grau de decência e utilidade, as funções de bem informar, que até então eram desempenhadas unicamente pelo jornalismo impresso. Uma das maiores vantagens deste profissional é ter liberdade de interação e abrangência sobre todos os assuntos, caracterizando e confirmando o caráter eclético de sua “especialização”. Entre os colunistas sociais mais importantes no Brasil, destacam-se: Hildegard Angel, Márcia Peltier, César Giobbi, Amaury Jr., Joyce Pascowitch, , Karen Kupfer, Lú Lacerda.

E os precursores das colunas sociais: Ibraim Sued e Athayde Patrese.












As colunas sociais não se restringem ao noticiário sobre pessoas que freqüentam as altas rodas, mas contemplam os chamados olimpianos (são apresentados pela mídia como exemplo a ser seguido, expressão criada por Edgar Morin) em geral representados, sobretudo por artistas da TV e esportistas de prestígio. Há diferenças importantes entre os colunistas dos jornais cariocas e os colunistas dos jornais paulistas, observando-se, particularmente, maior ênfase a fatos e pessoas do universo político e econômico nas colunas paulistas. As empresas comparecem com freqüência nas colunas, especialmente as que se destacam no cenário brasileiro. A imagem das empresas nas colunas é majoritariamente positiva, quase não se registrando notas desfavoráveis à comunidade empresarial.


IMPRENSA ROSA

Este é o nome que se dá aos veículos de imprensa especializados em cobrir o cotidiano das pessoas, sejam elas celebridades ou pessoas comuns.
Existem jornais e revistas de grande porte, que possuem editorias específicas para esta área, que em jornalismo é denominada comportamento, pois aborda hábitos sociais, sejam de consumo, de alimentação, cultura, entretenimento ou relacionados.



"Um colunista é um repórter e um Relações Públicas ao mesmo tempo, que precisa manter um relacionamento de confiança e respeito com todas as suas fontes e seus focalizados”, comenta o jornalista Ivan Mattos do Jornal do Comércio. Apesar da coluna social ainda sofrer preconceitos, sendo às vezes julgada dentro do jornalismo como área de menor valor, ela está crescendo muito. O conteúdo de uma coluna social já extrapolou o simples relato de quem é quem, ou quem foi onde e com quem. Atualmente já é possível encontrar notas de economia e negócios nessa editoria.


Assim como em qualquer meio de comunicação, as colunas sociais também possuem falhas, tais como fontes errôneas, confusões de pessoas, boatos e informações erradas. O leitor nem sempre consegue visualizar estas falhas, mas mesmo assim tem de haver um comprometimento por parte do veículo em apontar estes erros em forma de nota de errata.
A repercussão social e divulgação de informações fazem com que os profissionais deste segmento sejam agentes de informação e intermediadores de processos sociais, culturais, políticos, etc. que afetam diretamente ao grande público.

A rotina do jornalista é muitas vezes frenética, chegando até gerar tensões, decorrentes de construção de pautas e prazos, a apuração de fatos e a fidelidade narrativa que envolve o contexto e as pessoas citadas, cria um embate também com relação à ética. Pois o profissional deseja passar aquela informação, ou publicar a notícia, e muitas vezes a ética é colocada de lado, extrapolando os limites do bom senso.
Em contrapartida a todos os métodos de fazer a notícia da maneira mais correta e ética, existem os prazos para fechamento, e a corrida diária para não perder o fato mais atual e não ser “furado” pelos concorrentes, mas que não deve-se perder o compromisso com a transmissão da informação de forma correta, e deixar passar algumas falhas como estas que descreveremos.

1 Publicação de matérias com erros de dados, informações equivocadas distorcias ou até mesmo que fogem da realidade.

2 A falta da presença do informante, ou seja, que forneça as informações para que a matéria seja feita.

3 Uso de termos de difícil entendimento para o leitor comum.

4 Frases mal construídas nas matérias, não há uma linearidade das idéias.

5 Erros gramaticais ou de grafia.

6 Publicação de informações supostas, que fazem com que pareça verdade.

7 Falhas na montagem da matéria que não estão ligadas a produção, e sim, na edição e finalização.

8 Matérias comerciais que se confundem com matérias jornalísticas, sem a descrição de “informe publicitário”.

Quando há estes tipos de falhas o jornal tem que oferecer ao leitor uma nota de errata, que já virou até uma parte integrante do jornal.


MANUAIS DE REDAÇÃO

O manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo, tem como objetivo expor, de modo ordenado e sistemático, as normas editoriais e de estilo adotadas pelo Estado. Fazendo com que assim haja uma uniformidade na edição do jornal O manual da Folha de São Paulo foi desenvolvido, devido a necessidade de se estabelecer um padrão de redação e estilo, fazendo com que o trabalho jornalístico se desenvolva de modo homogêneo.


COMO ESCREVER BEM?

Esta é uma questão não somente que interessa os jornalistas, como também a todos os profissionais de comunicação, que tem um poderoso difusor de informações, e que necessitam de uma atenção especial com a forma com que são transmitidas. Com base no livro ”Técnicas de Comunicação Escrita”, iremos mostrar três passos para se escrever bem e também os segredos da boa escrita. Para escrever bem devemos:
Obedecer às regras gramaticais, evitando erros de sintaxe, de pontuação, de ortografia etc;
Procurar a clareza, evitando palavras e frases obscuras ou de duplo sentido;
Agradar o leito, empregando expressões elegantes e fugindo de um estilo muito seco.

SEGREDOS DA BOA ESCRITA

Mensagem correta = Resposta correta Escrever bem implica necessariamente a obtenção de uma resposta correta; Resposta correta é aquela que corresponde à idéia que temos em mente e desejamos passar ao leitor.
Escrever bem = Comunicar bem = Tornar comum Fazer com que o pensamento seja passar de forma que a mensagem seja compreendida por indivíduos diferentes, ou seja, tornar o pensamento comum.
Escrever bem = Persuadir A comunicação escrita deve conter alguns atrativos para motivar ou persuadir. Neste caso, frases de efeito podem fazer a diferença, chamadas que façam com que prendam a atenção do leitor.


No decorrer da pesquisa o grupo percebeu que na maioria das colunas sociais utiliza-se do neologismo como ferramenta de criação de um texto ou nota.
O neologismo tem como definição ser um processo de criação de novas palavras na língua, ampliando o vocabulário ou de dar às palavras que já existem novos sentidos.
O neologismo tem vários tipos de classificação, as mais usadas em colunas sociais são o neologismo léxico, semântico e o estrangeirismo.

Neologismo léxico: Aquisição de uma nova palavra no vocabulário da língua. É o que ocorre com muitas palavras ligadas à Informática: mouse, site (importadas do Inglês), infovia. ”Se a gente morasse em Zurique, tudo bem, mas, neste Rio de Janeura em que vivemos, essa diferença é importante”.

Neologismo Semântico: Empréstimo de um novo sentido a uma palavra já existente: azular = fugir; pistolão = proteção; curtir = aproveitar. “O alemão Hans Weingartner, diretor de “The Edukators”, “ficou” com Ana Cristina Oliveira.” (gíria adolescente para designar relacionamento amoroso curto)

Estrangeirismo: São palavras que adotamos de outras línguas por nos faltarem vernáculas; a tendência mais comum é a de escrevê-las de maneira aportuguesada. “O cabeleireiro Celso Kamura, o mesmo de Marta Suplicy, vem ao Rio daqui a alguns dias para testar os penteados e o make (vulgo maquiagem) que Angélica pretende usar no casamento”.


“Comunicar bem ou, em nosso caso, escrever bem não é luxo, nem exibicionismo, nem ostentação esnobe de conhecimentos gramaticais. Escrever bem é questão de sobrevivência”.


DINÂMICA EM SALA

A dinâmica proposta pelo grupo foi dividir a sala em 3 grupos, e distribuir para cada um deles uma seqüência de fotos do casamento da atriz Juliana Paes e uma folha com informações chave do evento. Os grupos tiveram que redigir textos ou notas com expressões neologistas que remetam a idéia de coluna social.

Escolhemos o texto do Grupo da Cristiane, Camila B., Katty, Talita e Vivian:

"Para a tristeza dos marmanjos Juliana Paes casou!
Emocionadíssima em um vestido tomara-que-caia a sex symbol fez boda em uma cerimônia repleta de celebridades que uniu tradição e irreverência, própria de sua personalidade, percebida em cada detalhe da festa, do vestido até os inusitados noivinhos do bolo.
A musa agora tem dono."

O grupo escreveu uma nota de coluna social bem irreverente, fez uso do estrangeirismo, na palavra sex symbol (segundo o site Wikipédia, é todo e qualquer personagem que possua apelo sexual suficiente para ditar comportamentos na sociedade), e repassaram a mensagem de forma correta, apontando todos os detalhes significativos que continham nas fotos.
Para saber mais:

BLIKSTEIN, Izidoro.Técnicas de Comunicação Escrita.Ed. Ática. São Paulo, 2002.

Folha de São Paulo.Manual da Redação.12ºed.

MARTINS, Eduardo.Manual de Redação de O Estado de S. Paulo.Ed. Moderna.







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Seja um idiota. - Arnaldo Jabor
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Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Hahahahahaa... Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que eles farão se já não tem por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde amanhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração.
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche.
Diego, Karina Helena e Renata

2 comentários:

Anônimo disse...

Já havia feito elogios ao grupo em sala e refaço aqui.
Pesquisa detalhada, informações relevantes e exemplo significativo. O arranjo no espaço do blog também ficou muito bom. Visualizamos os tópicos com facilidade e lemos o texto sem dificuldade.
Só faltou o resultado (pelo menos um) da atividade.

Parabéns ao grupo.

Roberto.

Anônimo disse...

Que resultado Roberto? Não nos deixe nessa icógnita.