domingo, 31 de agosto de 2008

Entrevista Jornalística

É uma forma de apuração jornalística em que o repórter possui um diálogo com sua fonte no intuito de abranger mais informações ou de dar credibilidade ao fato. O entrevistado na maioria das vezes é uma pessoa de destaque, permanente ou circunstancial.
Com os dados obtidos na entrevista pode-se montar um texto corrido em que às declarações estejam citadas entres aspas ou pode-se montar um texto de perguntas e respostas, também conhecido por “pingue-pongue”.

MODALIDADES DE ENTREVISTA

Podem-se distinguir dois tipos de entrevista, a informativa ou opinião e a de perfil.
A entrevista informativa ou opinião é quando o entrevistado tem uma informação importante a oferecer, sendo interrogado exclusivamente sobre um tema em debate, que geralmente é solicitada a especialistas.


A de perfil, é entrevista a uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações.


ORGANIZAÇÃO

Para que ocorra uma entrevista jornalística é necessário planejar e organizar o encontro entre o individuo e a imprensa, normalmente quem realiza essa ligação é o profissional de Relações Públicas ou até mesmo o Jornalista, exercendo funções de Assessor de Imprensa nas empresas privadas, nos órgãos públicos etc.
As entrevistas podem ser organizadas de vários modos. Podem se dar nos gabinetes ou nas redações; ao vivo ou por telefone, fax, Internet etc. Podem ser pessoais ou de grupo (coletivas); exclusivas ou não; convocadas ou espontâneas; anônimas (como nas pesquisas) ou não; em off ou em on; simples (com poucos repórteres) ou americanas (com maior organização dos entrevistadores); de rotina (ouvindo testemunhas de um acidente de trânsito, por exemplo) ou caracterizadas (quando alguém informa ou opina sobre assuntos políticos, econômicos, esportivos etc.); biográficas (com perfis de personalidades ou de pessoas que se destacam no meio do povo, na cultura, nas artes etc.); informativas; opinativas etc.

Dicas para ter sucesso em uma entrevista:

O manual da Folha de São Paulo diz que o segredo de uma boa entrevista está na elaboração de um bom roteiro:

- Levante sempre o máximo de informações sobre o entrevistado e o tema que ele vai tratar. Em seguida, reflita sobre o objetivo a que pretende chegar. O melhor caminho é redigir perguntas específicas e mais objetivas possíveis. Perguntas genéricas resultam em entrevistas tediosas.

- Ao transcrever a entrevista, o repórter deve corrigir os erros de português ou problemas da linguagem coloquial quando for imprescindível para a perfeita compreensão do que foi dito. Mas não se pode trocar as palavras ou mudar o estilo da linguagem do entrevistado. Se relevantes eventuais erros ou atos falhos do entrevistado podem ser destacados com a expressão latina "sic" entre parêntesis na frente da palavra ou frase. É recomendável preservar a ordem original das perguntas.

***Repórteres da Folha recebem estas mesmas orientações
E ainda:

Ø Marque a entrevista com antecedência;
Ø Informe o entrevistado sobre o tema e a duração do encontro;
Ø Grave a entrevista para poder reproduzir com absoluta fidelidade eventuais declarações curiosas, reveladoras ou bombásticas;
Ø Se vista adequadamente de modo a não destoar do ambiente em que será feita a entrevista, e não inibir ou agredir o entrevistado;


Cuidados na hora de entrevistar:

Alguns cuidados ajudam o entrevistador a evitar problemas na hora de transformar a entrevista em notícia.
Uma preocupação é sustentar o diálogo com o entrevistado tratando-o de modo mais coloquial, seja pelo primeiro nome ou pelo cargo, conforme a circunstância soaria estranha, tratar um cantor popular ou um ator de “senhor”: Sr. Chico Buarque. Sr. Zeca Pagodinho.
Nos diálogos com um deputado, um ministro, um senador, usa-se o nome do cargo. Em coletivas ou locais solenes, chama-se o Presidente da República de “Sr. Presidente”.



***

Na dinâmica elaborada alunos representavam os candidatos a prefeitura de São Paulo (Kassab; Soninha; Maluf e Alckmin 1 e 2), na qual respondiam a perguntas previamente elaboradas junto a seus grupos. Podendo colocar em pratica o que havíamos dito sobre o conteúdo como por exemplo a elaboração de roteiro e postura perante o entrevistado
Pedimos desculpas pois o áudio destas entrevistas esta apresentando problemas, assim que conseguirmos solucionar postamos o mesmo para que todos possam reviver a hilária performance da nossa amiga Priscila como Maluf.

Até mais.
Camila Bernardes, Luiz e Vivian.



sexta-feira, 29 de agosto de 2008

MADE IN CHINA

"Assim como pessoas de diversos cantos do mundo, recebo a China em minha casa todos os dias, por meio de milhares de produtos, que vem com o famoso selo ''Made in China''. Por mais que apareçam defeitos, continuo comprando. Talvez seja pelo preço, talvez pela diversidade.

Pergunto-me se foi por isso que a China virou uma potência. Mas lembro que não foram apenas os produtos populares que causaram a internacionalização chinesa. Eles também tiveram uma grande influência culinária (nas esquinas de São Paulo, “dogueiros” dividem espaço com barracas de yakisoba), na cultura, nas crenças e nos costumes. A imagem da China, tão presente no imaginário do senso comum, também é responsável por essa aceitação mundial.

Nas Olimpíadas de 2008, foi a vez da China também receber outros povos e culturas. Apesar de preparar uma recepção calorosa, os visitantes enfrentaram as reações orientais: proibições a respeito de certos assuntos, restrições na proximidade dos jornalistas, no uso da Internet e protestos políticos coibidos.

Há a possibilidade de o nosso país sediar a Olimpíada em 2016. Será que conseguiríamos ser diferentes e combinar a imagem do país com as ações? Seremos a nação cheia de vivacidade, cor e harmonia ou os problemas sociais falarão mais alto? Vamos torcer para que, assim como a China, o Brasil possa ser capaz de receber e ser recebido pelo mundo.
"

Autores: Carla Aoki, Claudia Moreno, Daniele Rosati, Daniele Coelho, Eliana Nogueira, Luiz Claudio, Renata Oliveira, Viviane Miluzzi (Alunos do 6º Semestre de Relações Públicas do Centro Universitário de Sant'Anna).

domingo, 24 de agosto de 2008

Crônica Literária - O dia-a-dia na Literatura.

Crônica

Crônica é uma narrativa relacionada a temas do cotidiano. No Brasil, a crônica ganhou força na década de 30, e o gosto popular na década de 60, quando passou a ser publicada em jornais e revistas.
Diferente de contos, poemas, romances e outros gêneros literários, a crônica é escrita em estilo pessoal, podendo ser composta com base nas opiniões e recordações do autor e fatos da sociedade em que ele vive. Portanto, o primeiro passo para escrever uma crônica é eleger um tema central e desenvolver um texto livre com base neste.
Nas redações (de jornais ou revistas), os cronistas usufruem do espaço dedicado a eles no qual podem ter total liberdade de redação e não seguem as normas descritas nos manuais.
Por se tratar de um texto livre, a quantidade de personagens também é livre, mas geralmente são de números reduzidos, podendo inclusive não haver personagens.
Uma crônica precisa da ótica do autor que observa a vida cotidiana com detalhes é através dele que vários cronistas podem fazer um texto do mesmo tema, mas de forma individual, já que cada um vê um ângulo diferente de um mesmo prisma.


Crônica Literária


“Crônica literária é um texto curto que, usando os recursos da linguagem, reconstrói um fato ou situação do cotidiano retirando deles algo relevante sobre o homem ou o mundo e alcançando um resultado estético. (...) Para ser literária a crônica precisa, em nível micro, um cuidado com a linguagem: ritmo frasal, sonoridade, multiplicidade semântica. E em nível macro, uma estrutura pensada, o fato ou situação deve ser uma metáfora ou uma metonímia... O cronista literário, embora parta de algo sensível e palpável, deve revelar no texto uma realidade transfigurada.” MORENNO, Pablo.

Assim como a crônica, a crônica literária usa uma linguagem livre, beirando o conto, no entanto sua clara estrutura marca seu formato como um gênero literário.
Geralmente os temas tratados nas crônicas literárias ganham personagens, lugares e um enredo atemporal, o que faz com que o texto se deixe entender a qualquer pessoa e em qualquer lugar.


Entre crônicas

As crônicas literárias nascem para os livros, diferente das crônicas de jornais. Ambas versam fatos do cotidiano e sua linguagem sempre dever ser adaptada aos públicos aos quais se dirigem.
Um cronista em uma coluna de jornal de economia e negócios não terá a mesma forma de narração de um cronista do caderno de cultura, podendo este último abusar dos recursos literários e lúdicos do qual sua criatividade oferece.
O que é comum em qualquer crônica são o uso do bom humor, sarcasmo ou ironia em sua linguagem, dando sempre ao leitor um texto humorístico ou politizado sobre uma idéia do autor e sua visão sobre a realidade.
Entre outros nomes, um dos maiores cronistas brasileiros são: Rubem Braga, Luís Fernando Veríssimo, Machado de Assis, José de Alencar, Carlos Drummond de Andrade, Arnaldo Jabor, Lya Luft, Ivan Lessa e Fernando Sabino.


O Literário e a Literária



Jornalismo literário não é crônica literária. Então qual o propósito de se falar de Jornalismo Literário?
Na posição de relações públicas, uma das qualidades deste profissional é conhecer sobre os mais diferentes estilos literários e saber qual o mais indicado a um determinado público.
Assim como na crônica, o jornalismo literário tem a função de traduzir em um livro as experiências vividas por um repórter sobre uma determina realidade, no qual Henry James chamou de felt life (vida sentida em tradução livre).
Nascido na década de 60, o jornalismo literário também pode ser chamado de romance de não ficção. Um dos principais precursores deste gênero é Truman Capote, que inaugurou esta literatura com o livro A Sangue Frio. No Brasil, Caco Barcellos é um dos melhores representantes deste gênero.
A importância em falar de Jornalismo Literário é destacar que como a crônica, seu papel é falar de uma determinada realidade de um lugar e seus fatos cotidianos em uma linguagem não jornalística da redação.


O RP na redação

O essencial para um relações públicas é saber distinguir o mais importante para um determinado público. Por exemplo, em um jornal interno sempre haverá as páginas dedicadas ao entretenimento, por isso, o RP deve distinguir que linguagem usar e para qual público destinar, neste sentido a crônica literária segue com mais uma opção que pode e deve ser usada.


Bibliografia

BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos A.; “Dicionário de comunicação”; editora Ática, ano 1987 – pg187.

KRAMER, Mark. “Regras rompíveis do Jornalismo Literário”. Disponível em http://www.textovivo.com.br/seminario/nota07.htm. Acessado em 20 e agosto de 2008 às 21h.

MORENNO, Pablo. “Entrevistas”. Disponível em www.wseditor.com.br/index.php?do=Wm14aGRtOXlKVE5FWlc1MGNtVjJhWE4wWVNVeU5tbGtKVE5FT1RSWFYyRnpaeDc3OA==. Acessado em 20 de agosto de 2008 às 20h.

Site da Literatura. “Crônica: um gênero literário”. Disponível em www.sitedeliteratura.com/Teoria/cronicas.htm. Acessado em 21 de agosto de 2008 às 20h

USP. “Faça um bom trabalho“. Disponível em www.toligado.futuro.usp.br/html/bom_trabalho.html. Acessado em 21 de agosto de 2008 às 23h

Wikipédia, a enciclopédia livre. “Crônica”. Disponível em pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nica. Acessado em 20 de agosto de 2008 às 17h.
Wikipédia, a enciclopédia livre. “Jornalismo Literário”. Disponível em pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_liter%C3%A1rio. Acessado em 20 de agosto de 2008 às 14h.


Alunas: Aline, Camila Amaral e Madeleine.

sábado, 16 de agosto de 2008

Ombudsman

Definição

“Ombudsman é um profissional contratado por um órgão, instituição ou empresa que tem a função de receber críticas, sugestões, reclamações e deve agir em defesa imparcial da comunidade”.


“Wikipédia, a enciclopédia livre”.



Histórico

Criado na Suécia, em 1809, o Ombudsman inicialmente representava o cidadão perante o parlamento. Logo a seguir foram criados os Ombudsman dos presídios, representando os presos, o das minorias raciais e mais adiante, já no início de 1900, o dos consumidores.

No Brasil

A função iniciou em 1985, pela Rhodia, representada por Maria Lúcia Zülzke, e em 1991, pelo primeiro Ombudsman da imprensa brasileira, o jornalista Caio Túlio Costa. Mas foi Vera Giangrande, profissional de Relações Públicas e importante Ombudsman brasileira no varejo, que consolidou a função, frente ao Grupo Pão de Açúcar, a partir de 1993.

Habilitação

É esperado do Ombudsman que ele seja um facilitador no processo de implantação do marketing de relacionamento e da cultura de qualidade.

Além disso, o Ombudsman deve zelar para que os direitos do cliente sejam respeitados sempre e suas expectativas satisfeitas. Ele soma a sua missão de facilitador aquela de catalisador da mudança.

Principais Características

• Pró-atividade;
• Persuasão;
• Cooperação;
• Tenacidade;
• Adaptabilidade;
• Empatia;
• Análise Crítica;
• Auto-Desenvolvimento;
• Conhecimento de Negócio.

Regulamentação da Profissão

• A profissão foi regulamentada no Projeto de Lei Nº 342, de 2007.



Exemplos de empresas que adotam o modelo Ombudsman.

Grupo Pão de Açúcar

- Papel do Ombudsman

• Será independente de forma a legitimar seu papel de defensor do cliente Pão de Açúcar;

• Terá acesso ao presidente, ao vice-presidente e a toda a diretoria do Grupo Pão de Açúcar;

• Não deixará nenhum cliente sem atendimento ou resposta;

• Criará um sistema de controle e acompanhamento dos problemas resolvidos e não resolvidos para avaliar a eficiência do programa.


Folha Online

- Papel do Ombudsman

“No fundo, a função é altamente abstrata. Consiste em dar o máximo de importância a cada caso de informação errada, distorcida ou injusta, embora poucos alcancem relevância atemporal”.

“A função do ombudsman é incomodar a Redação. No sentido de tirar os jornalistas da situação cômoda em que muitos se imaginam, a de não ter de prestar contas a ninguém, mesmo exigindo-as de todos”.

LEITE, Marcelo. A revolução de 1997. Folha Online.


Entrevista com Carlos Eduardo Lins - Ombudsman da Folha

FOLHA – Você assume o posto de ombudsman na terça, (22/04/08) mas sempre foi um leitor atento. O que mais te irrita nos jornais?

LINS DA SILVA – O que mais me irrita é superficialidade. Depois, erros de português. E isso é uma bobagem, um pedantismo meu, porque erro de português não é tão importante assim. Em terceiro lugar, me irritam muito invencionices de texto. A tentativa de chamar a atenção com o que o repórter considera engraçado. Por exemplo, começar um texto com uma brincadeira que só me fará perder alguns segundos com algo que não tenha nenhum sentido. Também me irritam algumas opiniões muito ralas, que não acrescentam nada para o leitor.

Lembre-se:

O ombudsman não pode confundir-se com um juíz - não sendo essa sua função, deve ter o cuidado de levantar os dois lados no mesmo fato ou situação buscando sua solução baseado em normas vigentes, bem como, nos preceitos éticos da empresa.

Indicação de filme:

Obrigado por fumar.

Saiba mais em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ombudsman/
http://www.abonacional.org.br/
http://marcio-comunicacaoempresarial.blogspot.com/2007/06/ombudsman-o-que-isso.html

Alunas: Andressa Custódio, Luciana Pita e Priscila Rondon
Relações Públicas - B 204

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olá pessoal!
Sejam bem vindos ao Blog do Blá, o blog de conteúdo do RP.
Bjs.