segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resenha Crítica

Quem nunca esteve diante das dúvidas: que livro ler? Que filme assistir? Que cd escutar?...Consumir ou não os últimos lançamentos de livros, filmes, cds, estréias de espetáculos musicais e teatrais, exposições artísticas, etc? Estamos imersos numa inumerável quantidade de produtos culturais que estão aí para serem consumidos. Escolher o que consumir utilizando os subsídios fornecidos por especialistas e conhecedores desses assustos, através da resenha, pode ser uma boa alternativa.


Conceito

“É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica”.
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php


“Resenha é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos. Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feito pelo resenhista.”
Lakatos e Marconi (1996, p. 90)



Objetivos


•Orientar os consumidores quanto aos produtos culturais, com relação a natureza e qualidade das obras;
•Apresentar informações, além de comentários e avaliações sobre o objeto resenhado;
•Despertar o senso crítico, elevando o nível cultural;
•Auxiliar os consumidores no emprego dos seus recursos;
•Distinguir o novo do tradicional.


Resenha X Crítica

O termo resenha ainda não é comum no Brasil.
Utiliza-se:
Crítica para a unidade jornalística,
Crítico para quem a elabora.



História

Surge a resenha quando o jornalismo passa da fase:


AMADORÍSTICA (espaços das revistas e jornais eram franqueados aos intelectuais para o exercício, eventualmente remunerado, da análise estética no ramo da literatura, música, artes plásticas).

Para

PROFISSIONALIZANTE (valoração dos produtos culturais passou a ser feita regularmente, e por tanto remunerada, adquirindo caráter mais popular).

Após essa TRANSIÇÃO HOUVE RECUSA tanto dos grandes intelectuais que não queriam escrever de forma simplificada, quanto dos editores culturais que julgavam ser indispensável estender a crítica da arte para o grande público.



RESULTADO

Intelectuais passaram a escrever para veículos restritos a classe universitária (elite). E denominaram-se críticos em contraposição àqueles que permaneceram nos meios de comunicação massivos (analistas ou resenhistas).


POR QUE OCORREU ESTA TRANSIÇÃO?

Antes, os leitores dos jornais e revistas eram os mesmos consumidores de obras-de-arte. (público restrito). “Então, era natural que os editores dos veículos cedessem espaço para matérias mais elaboradas que tinham como essência, analisar a própria obra e não a orientação para o consumo.”
Com a produção em escala de jornais e revistas (já atinge um outro público), as análises deixam de ter um sentido profundo com referências históricas, para uma linguagem mais simplificada.
Então, se o público é outro, a linguagem é outra.



Quem Escreve a Resenha?

Jornalistas que já fizeram alguma atividade vinculada ao campo privilegiado de análise e os
Críticos, que abriram mão de escrever para aquele público restrito e envolveram-se como analistas/resenhistas.


Crítica na Resenha

• Postura Crítica deve estar presente do início ao fim;
• O tom da crítica poderá ser moderado,respeitoso, agressivo, etc.
• A abordagem crítica pode constituir-se também no destaque de certas qualidades.


Importante lembrar

•A resenha crítica, hoje, é veiculada em jornais, revistas, rádio e televisão;

•A resenha crítica exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente;

•A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto;

•O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo;

•Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço;



Imprensa. Objeto da resenha jornalística

Segundo Alberto Dines,

“A crítica à imprensa exercida, pois, através da própria imprensa é a forma que o quarto poder encontrou patra submeter-se ao julgamento público e assim enquadrar-se como os três outros no sistema de vigilância e equilíbrio dos regimes democráticos. Ao contrário do que ocorre com os demais gêneros da crítica, especialmente os mais populares, que são os artísticos (livros, artes e espetáculos), o da imprensa não pode fixar-se nas excelências técnicas. O jornalismo não é arte para ser julgado apenas pelos aspectos estéticos. Dadas a função social da imprensa, os aspectos éticos e políticos são mais relevantes”.



Ferramenta de R.P.

Podemos utilizar a resenha como ferramenta de R.P. aplicando a atividade de Assessoria de Imprensa. É preciso se cercar de informações e cuidados para que a resenha publicada esteja constituida por uma crítica positiva, porém como toda assessoria de imprensa isso vai depender também da percepção do resenhista.

Atividade

Todos os grupos identificaram muito bem o gênero jornalístico e suas características. Apenas um detalhe deixou de ser destacado nas atividades e aproveitamos para frisar um ponto importante colocado na apresentação. A denominação do gênero resenha, nos veículo Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, utilizados como exemplos, foi substituída por crítica na maioria das vezes. Apenas em um dos exemplos o veículo denominou a Resenha como análise (termo mais indicado que crítica). Isso exemplifica a generalização do termo crítica e crítico no Brasil. Conforme complementado pelo professor durante a apresentação, encontra-se a denominação clara (resenha) em veículos especializados e dirigidos, com análises mais aprofundadas do que as que vimos nestes exemplos.

Os grupos desenvolveram bem as atividades, que destacaram com as seguintes características:

Resenha
1- Contém título; 2-
subtítulo;
3- Possui opinião fundamentada, com estrutura;
4- Apresentação do objeto analisado;
5- Percebe-se uma crítica moderada; 6- Outra obordagem de crítica moderada;

7- Referências do autor.


Andressa Custódio
Karina Lima
Luciane Bianchi
Luciana Pita
Priscila Rondon

Resenha
Por se tratar de um filme, a referência bibliográfica é composta por enredo, elenco, investimento e local de exibição;
Autor faz referência a outras obras do diretor;
Crítica construtiva e positiva;
Leva o leitor a pensar que o filme é polêmico e que realmente se trata de um filme importante para a sociedade brasileira.


Luciane
Madeleine
Silmara
Vânia

Resenha
1-O autor critica sobre o título da obra;
2-O autor sintetiza a obra e caracteriza o roteiro;
3-O crítico define o estilo do autor, e demonstra conhecimento sobre o seu trabalho; (o primeiro ainda pode ser chamado de resenhista, analista ou autor do texto, e o segundo por diretor)
4-Faz comparativo ao citar outros filmes do autor, mostrando grande conhecimento sobre o assunto, gerando maior credibilidade à resenha;
5-Elementos que auxiliam na caracterização da resenha, trazendo informações sobre a exibição da obra.
Carla Aochi
Claudia Moreno
Daniele Rosati
Giselli Lourenci
Josiane Andrade

Karen Bezerra

Resenha
1- Título;
2- Subtítulo;
3- Referências Bibliográficas;
4- Resumo e Síntese do Conteúdo;
5- Avaliação Crítica,
Enfim, o grupo chegou a conclusão que o texto se encaixa nas características de uma resenha crítica.

Camila Bernardes
Karina Helena
Katty Pacheco
Luiz Cláudio
Vivian Montier
Talita Freita
s


Matéria de divulgação.
A partir do momento em que ele coloca terceiros no texto expondo suas opiniões, deixa de ser uma resenha. (A resenha crítica se caracteriza pela opinião do resenhista, que é especialista sobre assunto. Ele pode até consultar outras opiniões para embasar seu texto porém a opinião alheia não é colocada na integra)

Letycia
Diego
Carol


Bibliografia

Melo, José Marques. A OPINIÃO DO JORNALISMO BRASILEIRO. 2º ed.rev. Editora Vozes. Petrópolis, 1994.

http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php


Agradecemos a sala B 204 e ao professor José Roberto, por terem colaborado com a apresentação de forma participativa.

Daniele Coelho, Eliana Nogueira e Jessica Santos

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Editorial - Atividade Proposta em Sala

Elaboração de um Editorial sobre a Crise Econômica Mundial:

Editorial 3 - Reflexos da Crise Financeira Mundial no Brasil

Em 20 de maio, quando o IBOVESPA, principal indicador da bolsa paulista registrou seu recorde de 73.516 pontos, e a penúltima sexta-feira, o pregão paulista encolheu 52%. Este cenário reflete os impactos da crise econômica no país.
A crise provoca efeitos negativos em vários pontos da economia brasileira. Implica na dispensa de papéis de empresas com maiores riscos financeiros e na opção por papéis mais seguros. Este fato é agravado com o congelamento do mercado de crédito.
Dentre os maiores impactos na economia brasileira, está a diminuição das exportações de matérias-primas e consequentemente a queda de seus custos. Tais fatores, impactam na empregabilidade, na diminuição da produção, no fechamento de empresas e na estagnação do PIB brasileiro em comparação com os últimos anos.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde as coisas já não andavam bem antes mesmo da crise tomar esta proporção, Brasil apresentou crescimento entre os meses de junho a setembro deste ano. Esta posição favorável permite que o Brasil tome decisões rápidas e encontre uma forma de não sofrer os mesmos efeitos da crise sentida pela nação norte-americana.

Elaborada pelos alunos: Edlaine,Giselle, Karen e Renata.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Editorial - Atividade proposta em sala

Elaboração de um editorial sobre a Crise Econômica Mundial:


Editorial 01

Com a aplicação sem controle e livre dos bancos; a queda dos índices acionários norte-americana e a não interferência do Estado, a economia mundial vêm desestruturando.
Através das especulações, bancos faliram por investir o seu capital no lugar errado.
Desde então, países como a França, por exemplo, divulgaram planos de resgate a fim de recapitalizar seus bancos e descongelar o mercado de créditos; utilizando o imposto do país à compra de ações condenadas; estas, em grande parte, têm por objetivo restaurar a confiança e prevenir que a recessão se transforme em algo muito pior.
Desta forma, a economia mundial tem a necessidade de uma regulamentação das movimentações financeiras. No Brasil, Banco Central também anunciou novas medidas que impulsionaram as ações do setor bancário, decidiu implementar um programa de liberação integral dos recolhimentos compulsórios.
Diante deste cenário, nosso país está numa situação privilegiada, com reserva de 200 bilhões de reais.

Elaborado pelos alunos: Andressa Custódio; Luciana Pita; Luciane Bianchi; Priscila Rondon; Karina Lima; Silas.
Editorial 02 – A crise que se espalha no Brasil

A crise econômica dos Estados Unidos ocasionada devido aos empréstimos imobiliários mal controlados refletem negativamente na economia mundial. Em contrapartida, o governo brasileiro tardou para tomar medidas preventivas para evitar maiores impactos no setor econômico.
Nas primeiras semanas da crise, onde já apresentavam sinais de que teria maiores proporções, o governo se mostrou indiferente. O próprio presidente Lula, em discurso à imprensa, declarou seria pouco provável que o Brasil fosse atingindo pela crise, outro personagem de grande relevância o Ministro Mantega também vinha dizendo: O problema é só de preço de commodities, não vai nos afetar.
Diante deste cenário, o governo brasileiro teria condições de realizarem subsídios e recurso de prevenções e controle em relação às conseqüências da crise que até então tem gerado impactos no país, como a alta do dólar que impacta a balança comercial.

Elaborado pelos alunos: Carla; Claudia; Daniele Coelho; Daniele Rosatti; Jéssica; Luiz; Viviane

domingo, 19 de outubro de 2008

Editorial - Aula de 17/10/08

FUNDAMENTOS DE UM “EDITORIAL”

Ao abrirmos os principais jornais diários do país – Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Correio Brasiliense, etc. – constantemente nas páginas internas e, quase sempre na página dois, encontramos o que no jargão jornalístico convencionou-se chamar de Editorial. Assim, nos veículos da chamada grande imprensa é tradicional que se reservem a esses Editoriais duas ou mais colunas diárias que, mesmo numa leitura rápida e sem um maior grau de atenção, destacam-se das demais páginas por serem escritos numa tipologia diferenciada.
Existem algumas particularidades que diferem os Editoriais dos demais textos de um jornal, sendo que a mais importante e visível delas é o fato de que aqueles espaços do veículo se caracterizam por serem objetivamente opinativos e nunca informativos. O Editorial pode esclarecer, ilustrar opiniões, induzir a ações e até entreter. O editorial é institucional. É o pensamento oficial do jornal. A notícia interpretativa é ponto de vista de quem organiza o texto e de quem decide ouvir este ou aquele especialista para ilustrar a matéria. Outra dessas particularidades é que um Editorial, para ser lido e entendido como tal, jamais tem o seu conteúdo assinado por nenhum jornalista.
Existe uma pequena fronteira entre o Interpretativo e o Opinativo, essa fronteira deve ser respeitada. Não importa a opinião do jornalista sobre determinado fato é preciso interpretá-lo. Se o jornalista quiser opinar a respeito de determinado assunto, deverá escrever um artigo assinado. Se for opinar em nome da empresa, escreverá um Editorial, ele é anônimo, embora da responsabilidade do diretor ou redator-chefe.
Quem milita nos meios jornalísticos de São Paulo, por exemplo, sabe que os Editoriais do jornal O Estado de São Paulo são assinados pelo jornalista José Nêumanne Pinto, embora sua assinatura jamais tenha constado de qualquer um dos milhares de Editoriais que tem escrito ao longo de sua carreira, já que, se por acaso viesse a assiná-los, isso automaticamente descaracterizaria todo o seu conteúdo como sendo de um Editorial, visto que, assinando-o estaria emitindo uma opinião pessoal e não o pensamento da empresa a respeito do assunto editorializado. O que é, em sua essência, um dos fundamentos inalteráveis de um autêntico Editorial – ele sempre expressa a opinião da empresa, da equipe redacional ou da própria direção do veículo, jamais a opinião do próprio jornalista que o escreve, mesmo que, como às vezes acontece, o conteúdo do editorial não faça o mais perfeito dos casamentos com o pensamento do profissional que o criou. É que, naquele momento em que, desde as primeiras linhas até o ponto final, ele está incorporando o espírito da empresa, traduzindo com suas palavras a opinião da empresa, como, enfim, politicamente a empresa se manifesta a respeito de um determinado assunto, seja ele de ordem econômica, governamental, tenha seu foco na Saúde ou Transporte, não importa – o conteúdo é, em tudo aquilo que expresse, o pensamento final da empresa jornalística a respeito do assunto abordado.


CARACTERÍSTICAS
Acredita-se que apenas 5% do universo de leitores de um jornal lêem o editorial do dia. É um público pequeno, mas exigente, por isso, o editorial é o espaço do jornal escrito na forma culta da linguagem. É o momento em que o redator utiliza frases estratégicas e argumentos lógicos em busca da persuasão final.
A professora Sônia de Brito, destacou três características básicas do editorial em sua tese defendida na Unesp-Bauru em 1994 (“A Argumentação e a Perlocução no Discurso Jornalístico: O Editorial”):
  1. Topicalidade: trata de tema bem definido;
  2. Condensalidade: poucas idéias, com ênfase maior nas afirmações que nas demonstrações;
  3. Plasticidade: flexibilidade, maleabilidade, não-dogmatismo.

“A finalidade do Editorial é dirigir a opinião pública, persuadindo através de apelo, aviso, palavra de ordem ou constatação dos fatos”, diz a pesquisadora. Ela também ensina que “o editorial moderno não é apenas opinião. Inclui análise e clarificação: Expõe, interpreta, esclarece, analisa padrões e significados da caótica mistura de acontecimentos diários”.

TÉCNICAS

O Editorial parte da máxima que será demonstrado em toda a sua evidência, conforme o ponto de vista do jornal. É necessário que o texto responda as questões: Que, Quem, Quando, Como e Porque, pois será preciso argumentar para chegar a uma conclusão lógica.
A discussão pode ser inspirada numa notícia ou declaração do dia. Uma vez exposta a informação, em curtas linhas, parte-se para a argumentação, sobrepondo linhas de raciocínio cuja estrutura irá depender do domínio do redator sobre o texto.
Ao final é preciso que a argumentação caminha para uma conclusão sobre os pontos de vista defendidos no texto, confirmando ou negando a tese por meio da antítese. A estrutura do texto ficará assim:

  • Informação
  • Argumentação
  • Conclusão

EXEMPLIFICAÇÃO

A tabela abaixo mostra dois editoriais dos jornais Folha de São Paulo e O Estadão nas quais abordam a mesma temática, o golpe que aconteceu na cidade de Granada, só que pontos de vistas distintos.
O texto foi divido nos blocos Informação, Argumentos e Conclusão para exemplificar a estrutura de um Editorial.


Fonte: http://lucajor.vilabol.uol.com.br/fazendoeditorial.htm


Editoriais veiculados no Jornal Folha de São Paulo, na data de 17/10/2008.







domingo, 12 de outubro de 2008

Colunismo I - Coluna Social

COLUNISMO

O nome “Coluna” surgiu em virtude da diagramação original dos textos não-noticiosos publicados regularmente em espaço predeterminado no jornal. Nos jornais do século XIX, tudo que ao era notícia era diagramado em uma única coluna vertical. Ao passar dos anos, os textos de colunas deixaram de se limitar a uma coluna como diagramação e passaram a ter qualquer formato, mantendo sempre o caráter de informações curtas, em notas, ou observações do cotidiano, com uma linguagem mais despojada, lembrando uma crônica. Até meados de 1990 era mais comum que cada coluna tivesse um tema único e específico. Assim, normalmente o mesmo espaço era preenchido e assinado por diversos profissionais, escrevendo sobre os mesmos assuntos. Atualmente, os colunistas têm recebido maior destaque do que as próprias colunas, o que acaba proporcionando-lhes uma liberdade maior para a escolha de qualquer tema.



O tipo mais comum de colunismo é a chamada Coluna Social, que consiste na reunião de informações sobre personalidades famosas da sociedade de uma cidade, região, país, ou até mesmo do mundo. Costuma trazer notas e fotos sobre tais personalidades, envolvendo quase todos os tipos de assuntos que os envolvem com uma linguagem mais informal, cômica, que desperte o interesse, porém isso varia de acordo com o autor que assina.
Coluna Social, normalmente é criticada, por ser um trabalho que muitas vezes quebra a privacidade de uma ou várias pessoas, cerrando uma “guerra” entre jornalismo e fofoca.


COLUNISTAS

O colunista é o profissional responsável que trabalha escrevendo regularmente para um ou mais veículos de comunicação, produzindo textos. Para ser colunista, não precisa necessariamente ser jornalista, ou seja, ser bacharel em jornalismo, desde que o profissional seja capaz de escrever bem e consiga repercussão. Hoje a profissão ganhou novos rumos, e atualmente está presente na televisão, rádio e Internet, cumprindo com o mesmo grau de decência e utilidade, as funções de bem informar, que até então eram desempenhadas unicamente pelo jornalismo impresso. Uma das maiores vantagens deste profissional é ter liberdade de interação e abrangência sobre todos os assuntos, caracterizando e confirmando o caráter eclético de sua “especialização”. Entre os colunistas sociais mais importantes no Brasil, destacam-se: Hildegard Angel, Márcia Peltier, César Giobbi, Amaury Jr., Joyce Pascowitch, , Karen Kupfer, Lú Lacerda.

E os precursores das colunas sociais: Ibraim Sued e Athayde Patrese.












As colunas sociais não se restringem ao noticiário sobre pessoas que freqüentam as altas rodas, mas contemplam os chamados olimpianos (são apresentados pela mídia como exemplo a ser seguido, expressão criada por Edgar Morin) em geral representados, sobretudo por artistas da TV e esportistas de prestígio. Há diferenças importantes entre os colunistas dos jornais cariocas e os colunistas dos jornais paulistas, observando-se, particularmente, maior ênfase a fatos e pessoas do universo político e econômico nas colunas paulistas. As empresas comparecem com freqüência nas colunas, especialmente as que se destacam no cenário brasileiro. A imagem das empresas nas colunas é majoritariamente positiva, quase não se registrando notas desfavoráveis à comunidade empresarial.


IMPRENSA ROSA

Este é o nome que se dá aos veículos de imprensa especializados em cobrir o cotidiano das pessoas, sejam elas celebridades ou pessoas comuns.
Existem jornais e revistas de grande porte, que possuem editorias específicas para esta área, que em jornalismo é denominada comportamento, pois aborda hábitos sociais, sejam de consumo, de alimentação, cultura, entretenimento ou relacionados.



"Um colunista é um repórter e um Relações Públicas ao mesmo tempo, que precisa manter um relacionamento de confiança e respeito com todas as suas fontes e seus focalizados”, comenta o jornalista Ivan Mattos do Jornal do Comércio. Apesar da coluna social ainda sofrer preconceitos, sendo às vezes julgada dentro do jornalismo como área de menor valor, ela está crescendo muito. O conteúdo de uma coluna social já extrapolou o simples relato de quem é quem, ou quem foi onde e com quem. Atualmente já é possível encontrar notas de economia e negócios nessa editoria.


Assim como em qualquer meio de comunicação, as colunas sociais também possuem falhas, tais como fontes errôneas, confusões de pessoas, boatos e informações erradas. O leitor nem sempre consegue visualizar estas falhas, mas mesmo assim tem de haver um comprometimento por parte do veículo em apontar estes erros em forma de nota de errata.
A repercussão social e divulgação de informações fazem com que os profissionais deste segmento sejam agentes de informação e intermediadores de processos sociais, culturais, políticos, etc. que afetam diretamente ao grande público.

A rotina do jornalista é muitas vezes frenética, chegando até gerar tensões, decorrentes de construção de pautas e prazos, a apuração de fatos e a fidelidade narrativa que envolve o contexto e as pessoas citadas, cria um embate também com relação à ética. Pois o profissional deseja passar aquela informação, ou publicar a notícia, e muitas vezes a ética é colocada de lado, extrapolando os limites do bom senso.
Em contrapartida a todos os métodos de fazer a notícia da maneira mais correta e ética, existem os prazos para fechamento, e a corrida diária para não perder o fato mais atual e não ser “furado” pelos concorrentes, mas que não deve-se perder o compromisso com a transmissão da informação de forma correta, e deixar passar algumas falhas como estas que descreveremos.

1 Publicação de matérias com erros de dados, informações equivocadas distorcias ou até mesmo que fogem da realidade.

2 A falta da presença do informante, ou seja, que forneça as informações para que a matéria seja feita.

3 Uso de termos de difícil entendimento para o leitor comum.

4 Frases mal construídas nas matérias, não há uma linearidade das idéias.

5 Erros gramaticais ou de grafia.

6 Publicação de informações supostas, que fazem com que pareça verdade.

7 Falhas na montagem da matéria que não estão ligadas a produção, e sim, na edição e finalização.

8 Matérias comerciais que se confundem com matérias jornalísticas, sem a descrição de “informe publicitário”.

Quando há estes tipos de falhas o jornal tem que oferecer ao leitor uma nota de errata, que já virou até uma parte integrante do jornal.


MANUAIS DE REDAÇÃO

O manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo, tem como objetivo expor, de modo ordenado e sistemático, as normas editoriais e de estilo adotadas pelo Estado. Fazendo com que assim haja uma uniformidade na edição do jornal O manual da Folha de São Paulo foi desenvolvido, devido a necessidade de se estabelecer um padrão de redação e estilo, fazendo com que o trabalho jornalístico se desenvolva de modo homogêneo.


COMO ESCREVER BEM?

Esta é uma questão não somente que interessa os jornalistas, como também a todos os profissionais de comunicação, que tem um poderoso difusor de informações, e que necessitam de uma atenção especial com a forma com que são transmitidas. Com base no livro ”Técnicas de Comunicação Escrita”, iremos mostrar três passos para se escrever bem e também os segredos da boa escrita. Para escrever bem devemos:
Obedecer às regras gramaticais, evitando erros de sintaxe, de pontuação, de ortografia etc;
Procurar a clareza, evitando palavras e frases obscuras ou de duplo sentido;
Agradar o leito, empregando expressões elegantes e fugindo de um estilo muito seco.

SEGREDOS DA BOA ESCRITA

Mensagem correta = Resposta correta Escrever bem implica necessariamente a obtenção de uma resposta correta; Resposta correta é aquela que corresponde à idéia que temos em mente e desejamos passar ao leitor.
Escrever bem = Comunicar bem = Tornar comum Fazer com que o pensamento seja passar de forma que a mensagem seja compreendida por indivíduos diferentes, ou seja, tornar o pensamento comum.
Escrever bem = Persuadir A comunicação escrita deve conter alguns atrativos para motivar ou persuadir. Neste caso, frases de efeito podem fazer a diferença, chamadas que façam com que prendam a atenção do leitor.


No decorrer da pesquisa o grupo percebeu que na maioria das colunas sociais utiliza-se do neologismo como ferramenta de criação de um texto ou nota.
O neologismo tem como definição ser um processo de criação de novas palavras na língua, ampliando o vocabulário ou de dar às palavras que já existem novos sentidos.
O neologismo tem vários tipos de classificação, as mais usadas em colunas sociais são o neologismo léxico, semântico e o estrangeirismo.

Neologismo léxico: Aquisição de uma nova palavra no vocabulário da língua. É o que ocorre com muitas palavras ligadas à Informática: mouse, site (importadas do Inglês), infovia. ”Se a gente morasse em Zurique, tudo bem, mas, neste Rio de Janeura em que vivemos, essa diferença é importante”.

Neologismo Semântico: Empréstimo de um novo sentido a uma palavra já existente: azular = fugir; pistolão = proteção; curtir = aproveitar. “O alemão Hans Weingartner, diretor de “The Edukators”, “ficou” com Ana Cristina Oliveira.” (gíria adolescente para designar relacionamento amoroso curto)

Estrangeirismo: São palavras que adotamos de outras línguas por nos faltarem vernáculas; a tendência mais comum é a de escrevê-las de maneira aportuguesada. “O cabeleireiro Celso Kamura, o mesmo de Marta Suplicy, vem ao Rio daqui a alguns dias para testar os penteados e o make (vulgo maquiagem) que Angélica pretende usar no casamento”.


“Comunicar bem ou, em nosso caso, escrever bem não é luxo, nem exibicionismo, nem ostentação esnobe de conhecimentos gramaticais. Escrever bem é questão de sobrevivência”.


DINÂMICA EM SALA

A dinâmica proposta pelo grupo foi dividir a sala em 3 grupos, e distribuir para cada um deles uma seqüência de fotos do casamento da atriz Juliana Paes e uma folha com informações chave do evento. Os grupos tiveram que redigir textos ou notas com expressões neologistas que remetam a idéia de coluna social.

Escolhemos o texto do Grupo da Cristiane, Camila B., Katty, Talita e Vivian:

"Para a tristeza dos marmanjos Juliana Paes casou!
Emocionadíssima em um vestido tomara-que-caia a sex symbol fez boda em uma cerimônia repleta de celebridades que uniu tradição e irreverência, própria de sua personalidade, percebida em cada detalhe da festa, do vestido até os inusitados noivinhos do bolo.
A musa agora tem dono."

O grupo escreveu uma nota de coluna social bem irreverente, fez uso do estrangeirismo, na palavra sex symbol (segundo o site Wikipédia, é todo e qualquer personagem que possua apelo sexual suficiente para ditar comportamentos na sociedade), e repassaram a mensagem de forma correta, apontando todos os detalhes significativos que continham nas fotos.
Para saber mais:

BLIKSTEIN, Izidoro.Técnicas de Comunicação Escrita.Ed. Ática. São Paulo, 2002.

Folha de São Paulo.Manual da Redação.12ºed.

MARTINS, Eduardo.Manual de Redação de O Estado de S. Paulo.Ed. Moderna.







Recomendamos:
Seja um idiota. - Arnaldo Jabor
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazemos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Hahahahahaa... Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que eles farão se já não tem por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde amanhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração.
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche.
Diego, Karina Helena e Renata