segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Notícia

Nos livros, as definições sobre notícia são limitadas e superficiais, muitas vezes os téoricos dizem como ela deve ser e não o que realmente é.

Entre as definições encontradas, destacam-se algumas:

“Notícia é o relato de um fato recentemente ocorrido, que interessa ao leitores”;

“Notícia é o relato de um acontecimento publicado por um jornal, com a esperança de, divulgando-o, obter proveito”;

“A notícia é o relato de um fato recentemente ocorrido, que geralmente interessa aos leitores, e com todas as informações que os leitores desejam saber sobre determinado fato”.

As definições apresentadas são limitadas, porque restringem-se ao interesse por parte dos leitores sobre acontecimentos recentes e ao acontecimento como qualquer evento.

Para compreender melhor o universo da notícia deve-se observar algumas características, são elas:

Atualidade

O leitor quer novidades e deseja saber o que ainda desconhece ou que sabia superficialmente.

Interessante

A notícia deve causar impacto suficiente para despertar o interesse do público.
Traz informações sobre fatos políticos, sociais, econômicos, naturais, tragédias, acidentes, desastres, entre outros.

Veracidade

As informações contidas nas notícias devem ser verdadeiras. Publicar informações erradas pode acabar com a reputação do jornalista ou da organização que ele representa.

Objetividade

O conteúdo deve publicado de forma sintética, sem rodeios e forma a dar noção correta do assunto tratado.

Imparcialidade e Ética

O texto deve ser o mais imparcial possível, respeitando a situação e preservando as pessoas envolvidas no acontecimento.

Elementos da Notícia

Toda notícia deve responder a seis perguntas clássicas:

Quem? Quê? Quando? Por quê? Como? Onde?

Representas pela fórmula 3Q + O + P + C = N

Exemplificando:

O presidente de Formosa, China Nacionalista, Generalíssimo
Chiag Kai Shek - QUEM
Morreu - QUÊ (O QUÊ)
ontem - QUANDO
em Taipé - ONDE
aos 87 anos
em uma tenda de oxigênio para a qual - COMO
havia sido levado
vítima de ataque cardíaco - POR QUÊ

Apresentação das Matérias

Há três sistemas de redação jornalística, quanto à técnica de apresentação:

Pirâmide Invertida

Esta técnica apresenta os fatos obedecendo à seguinte sequência:

1. Fatos culminantes (entrada);
2. Fatos importantes ligados à entrada;
3. Pormenores interessantes e detalhes dispensáveis.

Pirâmide Normal ou Literária

Esta técnica apresenta os fatos na seguinte ordem:

1. Detalhes da introdução;
2. Fatos de crescente importância e que criam suspense;
3. Fatos culminantes e desfecho.

Sistema Misto

Esta técnica apresenta os fatos obedecendo à seguinte sequência:

1. Fatos culminantes;
2. Narração em ordem cronológica.

A técnica mais utilizada é a pirâmide invertida. Neste estilo, os fatos principais são expostos no primeiro parágrafo (Lead), oferecendo um resumo.

Conceito de Lead

“Parágrafo sintético, vivo, leve com o que se inicia a notícia, na tentativa de prender a atenção do leitor”.

Existem vários tipos de Leads, porém o mais utilizado é o Lead Integral, que dá noção perfeita e completa do fato de acordo com a fórmula 3Q + O + P + C .

Exemplo:

“ Estudantes paulistas (QUEM) prometem para a tarde de amanhã (QUANDO) novos atos de protesto (O QUÊ) pelas ruas centrais da capital (ONDE) e, além dessa passeata (COMO), pretendem realizar comícios para denunciar a indiscriminada criação de faculdades de fins de semana (POR QUE)”

Todos os assuntos que figurarem no lead devem constar obrigatoriamente no desenvolvimento da matéria.

Estrutura da Notícia

Em geral, as notícias seguem a estrutura a seguir, adaptanto um ou outro item de acordo com o assunto explorado.

Ante Título (Assunto geral);
Título Curto (Preciso e interessante);
Subtítulo (Fator particular e relevante);
Lead ( Resumo da Notícia);
Desenvolvimento (Discorrer minucioso do assunto, pormenores e detalhes indispensáveis);
Conclusão (Remate final).


Na luta contra o jornalismo falado, os jornais impressos tiveram que preparar a sua estratégia. As notícias, que eram superficiais, limitando-se a narrar os acontecimentos, sofreram alterações em sua estrutura. O recurso foi o de dar ao leitor reportagens e notícias que fossem complemento do que foi ouvido no rádio e na televisão com mais pormenores e extensão do que qualquer outro veículo de comunicação de massa.

Jornalismo Impresso – Vantagens

Capacidade de aprofundamento;
Torna-se um documento;
Pode ser lido em qualquer hora e lugar;
Permite consulta permanente

Jornalismo Televisivo e Radiofônico - Vantagens


Atinge camadas mais vastas da população, até os analfabetos;
Possibilita a notícia de última hora, em flagrante;
Pode ser assistida ou vista em qualquer lugar em conjunto com outras atividades;
Baixo Custo.

Reportagem


O que é Reportagem?

É a representação de um fato ou acontecimento, enriquecida pela capacidade intelectual, observação atenta, sensibilidade, criatividade, narração fluente do autor, além de ser um relato jornalístico, livre quanto o tema e objetivo na técnica da escrita.

Capacidade Intelectual

O profissional tem que por a prova todas as suas aptidões, a fim de abordar convenientemente o tema e esgotá-lo até os últimos limites.

Observação Atenta

É a capacidade que tem o repórter de ver. Possui uma bagagem intelectual e as informações prévias sobre as questões que facilitarão ao repórter a discernir o que é principal e secundário durante o trabalho.

Sensibilidade

Está relacionada à bagagem cultural, é pessoal, intimo, não pode ser ampliada com simples regras de comportamento ou repórter a tem ou não tem.

Criatividade

É quando o repórter utiliza a sua imaginação e faz uma boa reportagem com articulações e exposições dos temas com base nos dados gerais utilizando técnica narrativa.

Narração Fluente

O repórter pega uma informação bruta e vai transformar em uma linguagem de fácil entendimento de forma que o leitor se sinta atraído do começo ao fim.

A reportagem é composta por título, ante título ou entre título, abertura e o corpo.

Título

Pode ser informativo ou sugestivo.

Ante Título e Entre Título

Servem para quebrar a monotonia de um texto longo ou para introduzir outro tema na mesma reportagem.

Abertura

Também se denomina por entrada cabeça ou lead , destina -se em despertar o interesse do leitor destacando graficamente os pontos principais do texto desapertando a curiosidade do leitor.

Corpo

Debruça sobre o "como?" e o "por quê?", deve explicar e descrever, sem esquecer que o leitor deve tirar as suas próprias conclusões.

Modelos de Reportagem

As Reportagens podem ser escritas, televisa e radiofônica, são transmitidas através de rádio, TV, revista e jornal, para cada veículo de comunicação deve se observar à linguagem e a forma que são transmitidas.

Revista

As reportagens podem ser apresentadas como parte integrante da atualidade com temas únicos, rigorosos, profundo ou analítico dos acontecimentos, como caso de uma grande reportagem em profundidade ou de investigação.

Televisiva

Recorre essencialmente á imagem, é uma reportagem que sensibiliza o público, é uma técnica de mediação das relações dos acontecimentos e das conseqüências dos fenômenos abordados.

Radiofônica

É construída de maneira organizada em uma seqüência sonora capaz de relatar um fato jornalístico, a edição deve ser coloquial, invocativo para aproximar o ouvinte do assunto que vem a seguir, além disso, o locutor deve intervir a cada quatro minutos repetindo a informação mais importante, levando em conta a pontuação, as vírgulas e o verbo devem ser usados no presente do indicativo.

Escrita

A reportagem escrita deve ser culta e correta, facilitando o entendimento do leitor que procura chegar ao conhecimento com economia de esforços mental e com rapidez que beneficiar através do seu papel de receptor critico de comunicação.

Característica da Reportagem

Consiste em um relato de acontecimento geral atual ou não.
Baseiam-se na busca direta de informações em revistas, testemunhos e entrevistas.
Utiliza uma linguagem clara e objetiva.
O texto pode ser informativo, expositivo, interpretativo e opinativo.
Devem conter episódios concretos e imagens


Para Pierre Ganz a reportagem é “ um modo de comunicação que descreve o espetáculo de um acontecimento ao grande publico".

Para Jaime Barroso Garcia a reportagem “é a narração informativa dos antecedentes, das circunstancia previsíveis de um acontecimento."

O Uso das Siglas

Num texto jornalístico, a sigla é desmontada na primeira vez que é utilizada. Tomemos por exemplo a sigla DST.
“…Doenças sexualmente transmissíveis (DST)….”.
Daí em diante já é possível utilizar apenas a sigla, sem pontos a separar as letras que se integram. Nas vezes seguintes já não é necessário desmontar a sigla nem explicar o que significa.

O Uso da Citação

Dá vivacidade ao texto e também pode ser um modo de defender o jornalista, em casos de declarações mais polêmicas. As citações devem ser escritas entre aspas e devem ser atribuídas.

A apresentação dos protagonistas das notícias ou reportagens
Em jornalismo não há títulos como Dr., Dra., Engs e etc..
As pessoas são tratadas pelo nome (primeiro e último ou então pelo nome com que são profissionalmente conhecidas) e são identificadas com o cargo que desempenham ou o local onde trabalham.
Por exemplo: Mariano Gago, Ministro da Ciência e da Tecnologia

A Preparação da Reportagem

A preparação da reportagem é uma das fases mais importantes para que a reportagem tenha sucesso. O material jornalístico deve ser preparado. Os contatos, a documentação e as referências devem acompanhar o repórter no local:

É preciso anotar corretamente as coordenadas dos interlocutores que se vão encontrar. Nem sempre há alguém na redação para poder dar as informações ao repórter que está no local;
A documentação não se decora, mas é melhor não confiar demasiado na memória e guardar consigo os elementos-chave: desse modo, é indispensável uma ficha com os resultados dos fatos anteriores, antes de partir para o local e fazer a cobertura do acontecimento em causa.

Ao preparar a reportagem deve-se obedecer a alguns imperativos:

Ter contato com o acontecimento e intervenientes diretos;

Obter o máximo de informação de: Acontecimento, Agentes, Enquadramento e Contexto em que se inscreve;

Proceder à localização antes de sair com a sua equipe;

Preparar convenientemente o seu material jornalístico ao dirigir-se para o local. Material conseguido através dos contatos, da documentação, das entrevistas e das referências.

Antes de deixar a redação, o repórter deve fazer alguns telefonemas, que permitem, por vezes, acertar detalhes importantes.

No contato com os agentes, o repórter tem de se identificar todas as vezes que forem precisas. Tem de explicar quem é e para quem trabalha.

É preciso ter em atenção a informação recebida dos adidos de imprensa, pois nem todas as suas propostas merecem uma reportagem.

O enquadramento do acontecimento pode ser apreciado através de documentação, como fotografias e imagens de arquivo.

A documentação é sempre mais rica no domínio do contexto. Sem esse background, o repórter arrisca-se a compreender mal ou a não compreender as informações que recolherá no local do acontecimento.


Tipos de Reportagem

• Fact Story (Reportagem de Acontecimento): O jornalista dá uma visão estática dos fatos, como algo já consumado. Escreve fora do que aconteceu, é um observador que contempla o objeto do seu relato, é útil na descrição, nos casos em que estes se apresentam de forma simultânea e perfeita, não acompanhando a sua evolução no tempo.

• Action Story: (Reportagem de Acção): Permite ao jornalista oferecer um tipo de relato dinâmico dos fatos, seguindo o seu próprio ritmo de evolução, como se estivesse em condições reais de vivência do processo de desenvolvimento da linha temporal, modelo recomendado para o exercício da narração, o que explica o seu domínio no noticiário escrito ou audiovisual.

• Quote Story: (Reportagem de Citação): É geralmente entendida como uma forma de entrevista jornalística. Uma reportagem que é feita alternando a escrita de palavras do seu autor com citações textuais das personagens interrogadas, as descrições e as narrações ficam a cargo do jornalista autor da peça.

• Reportagem Curta: é muito semelhante as notícias desenvolvidas. É caracterizada pela riqueza linguística, dos recursos disponíveis, pelo sublinhado de aspectos de interesse humano, pormenorização de descrições ambientais que possibilitem a manutenção do enfoque da opinião pública num acontecimento principal, que se pretende perpetuar aos olhos dos que constituem ou formam essa opinião. É muito usada em campanhas que editorialmente envolvam ou empenhem órgãos de informação, permitindo também o relacionamento de fatos dispersos, numa única linha temática que importe manter presente no foco de atenção do público.

• Reportagem Grande: Habitualmente é escrita por figuras com grande experiência, de reconhecido talento, seriedade e rigor. É uma informação narrativa orientada segundo a visão pessoal do jornalista, seu autor. Relaciona este último com a reportagem em profundidade e com a reportagem especial. Foi o apanágio de um gênero de jornalismo que teve o seu apogeu nas décadas de 50 e 60.

• Reportagem de Investigação: Nas novas tendências informativas, figura a reportagem ou jornalismo de investigação. Nos próprios profissionais é o estilo que desperta mais entusiasmo.

• Reportagem Interpretativa: O ponto de partida para a elaboração não é um conjunto dos fatos relacionados entre si. É um juízo de valor coletivo, que se converte na entrada do novo relato que vai ser exposto à consideração dos leitores. Na teoria, a estrutura do relato interpretativo é constituído pelos seguintes elementos: tese, ou ponto de vista como parágrafo de arranque de reportagem; acumulação lógica de dados que suportam e justificam a tese inicial; conclusão que reforça a apresentação da tese. È uma acumulação de factos, afirmações, opiniões de entrevistados, e todo o produto do trabalho investigado ordenados na mesma sequência lógica que ditou a entrada ou o lead.

Em histórias mais envolventes e complicadas, é difícil termos apenas um estilo de reportagem, a reportagem de citação mistura-se com a de ação e com a de acontecimento.

O repórter não deve mostrar muita preocupação com a forma, mas tem que expor os fatos de maneira que o leitor se sinta atraído do princípio ao fim do texto


Edlaine Abreu, Karina Sliumb e Luciane Bianchi.





terça-feira, 11 de novembro de 2008

Coluna Política e Econômica

O jornalismo Político e Economico
Por conta da disputa de interesses econômicos, o aumento do número de conflitos políticos no mundo e sua relação geram instabilidade no mercado.
No mundo das finanças, tudo ocorre num ritmo muito acelerado, novos mercados e a interdependência global torna a administração cada vez mais complexa de tantos fatos ocorrendo. Somos bombardeados diariamente com manchetes pelos veículos de comunicação.
E este tipo de jornalismo é importante por tudo que esta acontecendo no mundo.
Mas, qual é o papel da mídia dentro deste contexto?
A ela ocupa o lugar na sociedade de alertar sobre os riscos e propõe meios de contorná-los, funcionando como um intermediador entre a fonte de informação e o leitor.
É pelos meios de comunicação que o indivíduo procura se informar, e a informação tem papel fundamental, não mais em nível local, mas globalizado, influenciando a tomada de decisão do cidadão incerto quanto a questões políticas e econômicas para investimento.
Os agentes econômicos e políticos processam informações já conhecidas e procuram informações desconhecidas, para minimizar este risco.
Assim, dentro de um ambiente econômico-político competitivo o jornalismo torna-se uma ferramenta e uma fonte poderosa.
Vivemos num mundo onde as noticias duplicam a cada 5 anos, o que significa que cada vez mais só especialistas serão capazes de interpretar e comunicar.
Como surgiram as editorias especializadas?
As especialização do trabalho jornalístico veio como conseqüência da divisão do trabalho nos veículos de comunicação. Seguindo o modelo dos processos de produção industrial, os veículos de comunicação departamentalizaram as redações nos anos 1960, com a criação de editorias especializadas, encarregadas da cobertura jornalística de atividades ou setores específicos.
Durante a ditadura militar a matéria de economia ganhou grande destaque.
Superada a ditadura as matérias passaram a ser então, distribuídas por sessões, denominadas editorias, a fim de que o leitor as encontre facilmente e transpareça uma organização dos jornais.
No final do século 19 e inicio do século 20, os jornais brasileiros já traziam colunas fixas e diárias com temas exclusivamente econômicos. Na metade da década de 20 o jornal “O Estado de São Paulo” publicava uma coluna diária, assinada por Cincinato Braga com o título “Magnos problemas econômicos”.
Com o golpe militar de 64 e com o controle da imprensa, o jornalismo vai se definhando e em 1968 é que o jornalismo político praticamente desaparece da imprensa nacional devido a censura.
No entanto a primeira coluna sobre economia igual a que temos hoje o “Correio da Manhã”, de 16 paginas que tratava somente de negócios, chamado “Diretor Econômico”, que estimulava o mercado de capitais.
As editorias de economia foram também usadas como instrumento de divulgação da política econômica do regime militar
A comunicação antes servia para “Transmitir mensagens”, o importante era o relato. Hoje em dia essa comunicação precisa ser interpretada e analisada.
Mas o que diferencia esse tipo de jornalismo?
O jornalismo econômico e político é uma sucessão de fatos singulares e são noticiados como se fossem episódios que precisam ser interpretados, pois sozinhos e sem que sejam feitas as relações à cobertura fica confusa e de difícil entendimento.
Se um ministro da Fazenda diz que a inflação está controlada, e não há razão para preocupações com a taxa básica de juros, quantos sabem a relações entre a taxa de juros e a inflação?
Pode-se perceber que ela passou a se concentrar apenas em um segmento da sociedade: a classe empresarial e seus representantes, vendo o país apenas do angulo do poder, ignorando a parcela mais significativa da sociedade: trabalhadores, aposentados, donas-de-casa, estudantes. micro-empresários e funcionários públicos.
Devido à complexidade desses setores, a cobertura jornalística do campo econômico e político são construídos em torno de análises, estimativas, especulações, aproximações e pontos de vistas sobre cenários futuros de fontes especializadas do que por fatos concretos. Por isso os textos opinativos – editoriais, artigos, colunas e críticas são importantes e tem uma grande audiência nesse setor.
Coluna Política e Econômica
O nome "Coluna" surgiu em virtude da diagramação, nos periódicos do século XIX, tudo que não era notícia era diagramado numa única coluna vertical. Com o passar do tempo, os textos de colunas deixaram de ser limitados a esse formato, mas mantiveram o caráter de criticas, crônicas e comentários regulares.
O colunista escreve regularmente para veículos de comunicação produzindo textos não necessariamente noticiosos, ele não precisa ser necessariamente jornalista (o que significa, no Brasil, não precisar ser bacharel em Jornalismo). Por vezes, empresários e esportistas especializados num determinado assunto, tornam-se colunistas escrevendo sobre suas respectivas especialidades.
Diferença entre artigo, editoria e coluna:
Os artigos são comentários, analises, criticas, às vezes abordam com ironia e humor, quem escreve são personalidades da sociedade, em geral, não são jornalistas e não são remunerados.
Não refletem necessariamente a a opinião do jornal, diferente de um editorial, que é um texto opinativo que reflete a visão do jornal.
Coluna, que se caracteriza por ser um espaço permanente reservado para textos do mesmo autor. A coluna é um espaço no jornal ou revista, assinada ou não, tratando de temas ligados à editoria ou seção.
Os colunistas
Os colunistas de economia e política geralmente são figuras respeitadas no meio jornalístico e no círculo político do lugar onde trabalham. Uma coluna política que foi referência no jornalismo brasileiro durante décadas foi do Jornal do Brasil escrita por Carlos Castello Branco.
Formado em direito, foi secretário de Imprensa no curto governo de Jânio Quadros (1961). a Coluna do Castello, foi lida, apreciada e temida pelos políticos. Entre os principais colunistas econômicos de hoje estão: Miriam Leitão, é comentarista da área econômica do programa matinal Bom Dia Brasil da Rede Globo, e do Espaço Aberto na Globo News, colunista de O Globo e da Rádio CBN. Sônia Racy, é responsável pela coluna Direto da Fonte, publicada há 15 anos no Jornal O Estado de São Paulo. A Jornalista tem ainda seus próprios minutos na rádio Eldorado AM, a Coluna Dois, também sobre Economia. E entre os colunistas de políticas: Ricardo Boechat, escreve semanalmente uma coluna com seu nome na revista Isto É, também trabalha na rádio Bandnews FM, é reconhecido como um dos jornalistas mais bem informado do país. Teresa Cruvinel é atualmente uma das mais respeitadas analistas políticas da imprensa brasileira. Além da coluna Panorama Político, que assina diariamente no Globo, há dez anos faz comentários políticos Globo News. Guilherme Barros desde fevereiro de 2005 é editor da coluna Mercado Aberto.
Economês e o Politiquês
Os jornais devem ser lidos com rapidez e facilidade, especialmente levando-se em conta que, entre os leitores, há pessoas de todos os níveis de instrução. Um bom texto, deve ter quatro elementos essenciais: objetividade, concisão, precisão e clareza. E nas colunas de economia e política um dos piores problemas do texto é economês e o politiquês.
Eles são jargões profissionais caracterizado pelo uso excessivo e desnecessário (ou descontextualizado) de termos técnicos, que podem comprometer o entendimento das matérias pelos leitores, dificultando a disseminação da informação e o comprometendo a função social da comunicação.
Um jargão profissional é um linguagem caracterizado pela utilização restrita a um círculo profissional. Outro tipo de abordagem, baseadas em metáforas, eufemismos e estrangeirismos de ocasião. Nós, comunicólogos, por exemplo usamos briefing, case, stakeholders, etc. E usamos tanto que existe até um dicionário de comunicação.
Os dos eufemismos do economês contemporâneo, quando o calote é suavizado como "default" ou, pior, quando o aumento de preço é rebatizado de "reparametrização". "O eufemismo faz parte da cultura brasileira", lembra Maria Otília Bochini, 59, do Núcleo de Jornalismo e Cidadania da Escola de Comunicações e Artes da USP. O talento nacional para arrumar um jeitinho de dizer as coisas ficou mais evidente quando as sucessivas crises puseram os economistas na berlinda.
Linguagem utilizada nos cadernos de economia. Recebeu essa denominação do Jornalista Carlos Lacerda em 1970 por apresentar grande quantidade de termos técnicos. As informações da área de economia eram obtidas juntos a economistas e tributaristas, que utilizavam uma linguagem conceitual de difícil compreensão para o público leigo, muitas vezes os jornalistas reproduziam as informações tal como lhes eram transmitidas.
Elenice da Costa, professora em filologia e língua portuguesa pesquisou pela USP a linguagem metafórica do jornalismo econômico. Num universo de 4,5 mil vocabulários da economia em textos especializados, destacou mais de 600 metáforas recorrentes.
Para ela um arsenal de metáforas foi incorporado ao vocabulário nacional, como “ancora fiscal”, arrocho salarial”, ciranda financeira”, “bloco econômico”, “contrato de gaveta”, “conta-fantasma”, “flutuação cambial”.
No Brasil temos exemplos de metáforas que só tem aqui, como “laranja” (quem tem o nome usado por terceiros em transações fraudulentas) e “leão” (importo de renda).
E entre os extrangeirismos podemos citar overprice, commodities, stake-holder, swap cambial.
A mesma coisa ocorreu com o politiquês, um dialeto híbrido, uma mistura de termos, conceitos, expressões e ditados oriundos dos mecanismos da Constituição, da legislação eleitoral, das casa legislativas, da atividade partidária, das campanhas eleitorais e dos próprios politicos.
Como, “relator”, “comissão mista”, “substitutivo”, “colégio de líderes”, “pauta do congresso travadas por excesso de MPs”
Segundo alguns críticos, este tipo de codificação seria intencional e serviria exatamente para restringir o acesso da maioria da população aos problemas econômicos e políticos e suas causas, limitando este conhecimento aos meios especializados. Jornalistas da área, no entanto, acreditam que determinados termos são abstratos demais para ser explicados a cada matéria, e que o didatismo não seria função da imprensa.
O papel do Relações Públicas
Hoje a informação é matéria-prima fundamental e o relações públicas, por vezes, torna-se um tradutor de discursos, já que cada especialidade tem jargão próprio e desenvolve seu próprio esquema de discurso.
O fato é que para alguns, lançar mão de jargão acaba sendo uma espécie de passaporte para uma suposta seriedade, um atestado de “estar por dentro”.
De acordo com Marcondes Filho (2002. p.46), a notícia não clara deixará na mente do leitor apenas sinais, traços da informação.
Ele não será capaz de recordar a matéria que acabou de ler e nem terá o conhecimento para usar a informação. Foi-lhe negado o principal, o fio condutor.

Mais informações:
"Traduzindo o Economês" (Best Seller, 2000), de Paulo Sandroni.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Coluna Gastronômica
A Gastronomia é um tema cada vez mais presente nas editorias culturais de jornais e revistas de grande circulação.

Para entendermos o que é uma Coluna Gastronômica, vamos definir primeiro, o que é Gastronomia.

A Gastronomia é um ramo que abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e, em geral, todos os aspectos culturais a ela associados.

O prazer proporcionado pela comida é um dos fatores mais importantes da vida depois da alimentação de sobrevivência. Cultura muito antiga, a alimentação passou por várias etapas ao longo do desenvolvimento humano, evoluindo do nômade caçador ao homem sedentário, quando este descobriu a importância da agricultura e da domesticação dos animais.

Não se deve confundir esta ciência com a nutrição ou a dietética, que estudam os alimentos, a gastronomia é estritamente relacionada ao aspecto comercial (no que diz respeito a preparação de comida em restaurantes) e cultural (no que diz respeito ao estudo desta ciência).

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  • Coluna Gastronômica.

A Coluna Gastronômica aborda assuntos relacionados ao universo da gastronomia. A importância de tal assunto decorre da constatação de que o tem da gastronomia vem ganhando relevância no campo do jornalismo cultural.
Em geral as pautas são de livre escolha do colunista ou orientada pela redação, isto depende também em qual veículo será divulgado, mas de forma geral abordam temas como:

- História das receitas;
- Aspectos Culturais;
- Novidades do setor de alimentos e bebidas;
- Curiosidades sobre a alimentação e bebidas;
- Dicas de restaurantes;
- Receitas;
- Incentivo à gastronomia;
- Cursos, eventos;
- Truques e etc.

  • Veículos

- Revistas
- Jornais
- Sites
- Blogs
- Tv e Rádio
  • Crítica

A crítica é o gênero jornalístico opinativo que analisa e avalia o trabalho intelectual ou desempenho. Sempre traz a assinatura de seu autor e deve ser bem fundamentada.
Um ponto que se pode observar na crítica sobre gastronomia é sua faceta de jornalismo de serviços, mas voltada para a utilidade das informações que o teor de novidade dos assuntos em pauta. Uma crítica pode ou não se referir a restaurante recém inaugurado, mas necessariamente vai trazer dados da casa, como endereço, telefone, horário de funcionamento, média de preços e formas de pagamento.
As críticas demonstram uma preocupação com leitor que pode não ter conhecimento específico sobre o assunto.
Algumas críticas mesclam como recurso metáforas para atrair a atenção do público. Exemplo:
Numa crítica feita à um restaurante de São paulo, já surgiu no título e na primeira linha do texto a frase: “Pelo jeito é uma febre mesmo”. Ao mesmo tempo que o colunista ajuda a promover a democratização da gastronomia ao divulgar ao grande público informações sobre o tema, se mostra bastante crítico à proliferação de alguns tipos de estabelecimentos (de churrasco argentino) na capital ao dizer “agora não passa um mês sem que uma nova casa do gênero abra em SP”. Neste caso, as metáforas servem de estruturação de processos mentais.
  • Crônica

A crônica é um gênero que possui um tom coloquial, informal e interativo. Possui ares de “relato poético do real, situado entre a informação e a narração literária”. Os fatos são somente um monte ou pretexto para um texto leve, divertido, que apenas tangencia fatos do cotidiano para adentrar por outros temas. Exemplo:
Um crônica publicada em Dez/2004 na Revista Carta Capital tinha a seguinte título: “O peixe tá jovem?”. O questionamento possibilitou a instalação de uma linha argumentativa baseada no humor, como por exemplo:

- “Se um linguado pode viver até 40 anos, como saber se estamos diante de um jovem ou de um ancião?”
- “Em algum momento da sua vida passou, ainda que de raspão, passou por sua cabeça perguntar se o peixe, além de fresco é jovem?”

A ironia é comum nos textos, também marcados pelas estratégias de envolvimento usadas como recursos de interatividade, para prender a atenção do leitor. Na crônica “Portaria 2535”, o autor criticou algumas decisões da Vigilância Sanitária disparando frases como:

- “Imagino também que se chegou a esse texto após milhares de ocorrências que comprovaram que a contaminação do alimento era proveniente de brincos, colares e piercings”.
- “ O que me deixou muito mais tranqüilo foi saber que está proibido cuspir sobre os alimentos”.
  • Quem pode publicar uma Coluna Gastronômica?

    O colunista não pode ser de forma alguma ser um leigo no assunto e não tem que ser necessariamente um jornalista, cabendo a função também à pessoas especializadas nas áreas de gastronomia, nutrição e alimentos em geral. Seu conhecimento somado à sua originalidade torna sua coluna um lugar sempre atraente e de confiabilidade.
  • Dinâmica proposta em sala de aula.

    Foi entregue 01 doce para cada grupo na sala, que deveria inventar um nome, receita, origem da receita e local que servia o prato, contendo as informações do jornalismo de serviços.
  • Bibliografia

http://gastronomiaenegocios.uol.com.br/v2/ultimas_noticias/ver/521/receitas-do-chef-sergio-arno-no-seu-celular
http://cursoabril.abril.com.br/servico/noticia/materia_136048.shtml
IMBERT, Enrique Anderson. Métodos de crítica literária. Coimbra: Livraria Almeidina, 1971.
PIZA, Daniel. Jornalismo cultural. São Paulo: Contexto, 2003.
Luciane Souza, Vânia Lopes.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resenha Crítica

Quem nunca esteve diante das dúvidas: que livro ler? Que filme assistir? Que cd escutar?...Consumir ou não os últimos lançamentos de livros, filmes, cds, estréias de espetáculos musicais e teatrais, exposições artísticas, etc? Estamos imersos numa inumerável quantidade de produtos culturais que estão aí para serem consumidos. Escolher o que consumir utilizando os subsídios fornecidos por especialistas e conhecedores desses assustos, através da resenha, pode ser uma boa alternativa.


Conceito

“É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica”.
http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php


“Resenha é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos. Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feito pelo resenhista.”
Lakatos e Marconi (1996, p. 90)



Objetivos


•Orientar os consumidores quanto aos produtos culturais, com relação a natureza e qualidade das obras;
•Apresentar informações, além de comentários e avaliações sobre o objeto resenhado;
•Despertar o senso crítico, elevando o nível cultural;
•Auxiliar os consumidores no emprego dos seus recursos;
•Distinguir o novo do tradicional.


Resenha X Crítica

O termo resenha ainda não é comum no Brasil.
Utiliza-se:
Crítica para a unidade jornalística,
Crítico para quem a elabora.



História

Surge a resenha quando o jornalismo passa da fase:


AMADORÍSTICA (espaços das revistas e jornais eram franqueados aos intelectuais para o exercício, eventualmente remunerado, da análise estética no ramo da literatura, música, artes plásticas).

Para

PROFISSIONALIZANTE (valoração dos produtos culturais passou a ser feita regularmente, e por tanto remunerada, adquirindo caráter mais popular).

Após essa TRANSIÇÃO HOUVE RECUSA tanto dos grandes intelectuais que não queriam escrever de forma simplificada, quanto dos editores culturais que julgavam ser indispensável estender a crítica da arte para o grande público.



RESULTADO

Intelectuais passaram a escrever para veículos restritos a classe universitária (elite). E denominaram-se críticos em contraposição àqueles que permaneceram nos meios de comunicação massivos (analistas ou resenhistas).


POR QUE OCORREU ESTA TRANSIÇÃO?

Antes, os leitores dos jornais e revistas eram os mesmos consumidores de obras-de-arte. (público restrito). “Então, era natural que os editores dos veículos cedessem espaço para matérias mais elaboradas que tinham como essência, analisar a própria obra e não a orientação para o consumo.”
Com a produção em escala de jornais e revistas (já atinge um outro público), as análises deixam de ter um sentido profundo com referências históricas, para uma linguagem mais simplificada.
Então, se o público é outro, a linguagem é outra.



Quem Escreve a Resenha?

Jornalistas que já fizeram alguma atividade vinculada ao campo privilegiado de análise e os
Críticos, que abriram mão de escrever para aquele público restrito e envolveram-se como analistas/resenhistas.


Crítica na Resenha

• Postura Crítica deve estar presente do início ao fim;
• O tom da crítica poderá ser moderado,respeitoso, agressivo, etc.
• A abordagem crítica pode constituir-se também no destaque de certas qualidades.


Importante lembrar

•A resenha crítica, hoje, é veiculada em jornais, revistas, rádio e televisão;

•A resenha crítica exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente;

•A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto;

•O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo;

•Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço;



Imprensa. Objeto da resenha jornalística

Segundo Alberto Dines,

“A crítica à imprensa exercida, pois, através da própria imprensa é a forma que o quarto poder encontrou patra submeter-se ao julgamento público e assim enquadrar-se como os três outros no sistema de vigilância e equilíbrio dos regimes democráticos. Ao contrário do que ocorre com os demais gêneros da crítica, especialmente os mais populares, que são os artísticos (livros, artes e espetáculos), o da imprensa não pode fixar-se nas excelências técnicas. O jornalismo não é arte para ser julgado apenas pelos aspectos estéticos. Dadas a função social da imprensa, os aspectos éticos e políticos são mais relevantes”.



Ferramenta de R.P.

Podemos utilizar a resenha como ferramenta de R.P. aplicando a atividade de Assessoria de Imprensa. É preciso se cercar de informações e cuidados para que a resenha publicada esteja constituida por uma crítica positiva, porém como toda assessoria de imprensa isso vai depender também da percepção do resenhista.

Atividade

Todos os grupos identificaram muito bem o gênero jornalístico e suas características. Apenas um detalhe deixou de ser destacado nas atividades e aproveitamos para frisar um ponto importante colocado na apresentação. A denominação do gênero resenha, nos veículo Folha de São Paulo e Estado de São Paulo, utilizados como exemplos, foi substituída por crítica na maioria das vezes. Apenas em um dos exemplos o veículo denominou a Resenha como análise (termo mais indicado que crítica). Isso exemplifica a generalização do termo crítica e crítico no Brasil. Conforme complementado pelo professor durante a apresentação, encontra-se a denominação clara (resenha) em veículos especializados e dirigidos, com análises mais aprofundadas do que as que vimos nestes exemplos.

Os grupos desenvolveram bem as atividades, que destacaram com as seguintes características:

Resenha
1- Contém título; 2-
subtítulo;
3- Possui opinião fundamentada, com estrutura;
4- Apresentação do objeto analisado;
5- Percebe-se uma crítica moderada; 6- Outra obordagem de crítica moderada;

7- Referências do autor.


Andressa Custódio
Karina Lima
Luciane Bianchi
Luciana Pita
Priscila Rondon

Resenha
Por se tratar de um filme, a referência bibliográfica é composta por enredo, elenco, investimento e local de exibição;
Autor faz referência a outras obras do diretor;
Crítica construtiva e positiva;
Leva o leitor a pensar que o filme é polêmico e que realmente se trata de um filme importante para a sociedade brasileira.


Luciane
Madeleine
Silmara
Vânia

Resenha
1-O autor critica sobre o título da obra;
2-O autor sintetiza a obra e caracteriza o roteiro;
3-O crítico define o estilo do autor, e demonstra conhecimento sobre o seu trabalho; (o primeiro ainda pode ser chamado de resenhista, analista ou autor do texto, e o segundo por diretor)
4-Faz comparativo ao citar outros filmes do autor, mostrando grande conhecimento sobre o assunto, gerando maior credibilidade à resenha;
5-Elementos que auxiliam na caracterização da resenha, trazendo informações sobre a exibição da obra.
Carla Aochi
Claudia Moreno
Daniele Rosati
Giselli Lourenci
Josiane Andrade

Karen Bezerra

Resenha
1- Título;
2- Subtítulo;
3- Referências Bibliográficas;
4- Resumo e Síntese do Conteúdo;
5- Avaliação Crítica,
Enfim, o grupo chegou a conclusão que o texto se encaixa nas características de uma resenha crítica.

Camila Bernardes
Karina Helena
Katty Pacheco
Luiz Cláudio
Vivian Montier
Talita Freita
s


Matéria de divulgação.
A partir do momento em que ele coloca terceiros no texto expondo suas opiniões, deixa de ser uma resenha. (A resenha crítica se caracteriza pela opinião do resenhista, que é especialista sobre assunto. Ele pode até consultar outras opiniões para embasar seu texto porém a opinião alheia não é colocada na integra)

Letycia
Diego
Carol


Bibliografia

Melo, José Marques. A OPINIÃO DO JORNALISMO BRASILEIRO. 2º ed.rev. Editora Vozes. Petrópolis, 1994.

http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php


Agradecemos a sala B 204 e ao professor José Roberto, por terem colaborado com a apresentação de forma participativa.

Daniele Coelho, Eliana Nogueira e Jessica Santos

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Editorial - Atividade Proposta em Sala

Elaboração de um Editorial sobre a Crise Econômica Mundial:

Editorial 3 - Reflexos da Crise Financeira Mundial no Brasil

Em 20 de maio, quando o IBOVESPA, principal indicador da bolsa paulista registrou seu recorde de 73.516 pontos, e a penúltima sexta-feira, o pregão paulista encolheu 52%. Este cenário reflete os impactos da crise econômica no país.
A crise provoca efeitos negativos em vários pontos da economia brasileira. Implica na dispensa de papéis de empresas com maiores riscos financeiros e na opção por papéis mais seguros. Este fato é agravado com o congelamento do mercado de crédito.
Dentre os maiores impactos na economia brasileira, está a diminuição das exportações de matérias-primas e consequentemente a queda de seus custos. Tais fatores, impactam na empregabilidade, na diminuição da produção, no fechamento de empresas e na estagnação do PIB brasileiro em comparação com os últimos anos.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde as coisas já não andavam bem antes mesmo da crise tomar esta proporção, Brasil apresentou crescimento entre os meses de junho a setembro deste ano. Esta posição favorável permite que o Brasil tome decisões rápidas e encontre uma forma de não sofrer os mesmos efeitos da crise sentida pela nação norte-americana.

Elaborada pelos alunos: Edlaine,Giselle, Karen e Renata.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Editorial - Atividade proposta em sala

Elaboração de um editorial sobre a Crise Econômica Mundial:


Editorial 01

Com a aplicação sem controle e livre dos bancos; a queda dos índices acionários norte-americana e a não interferência do Estado, a economia mundial vêm desestruturando.
Através das especulações, bancos faliram por investir o seu capital no lugar errado.
Desde então, países como a França, por exemplo, divulgaram planos de resgate a fim de recapitalizar seus bancos e descongelar o mercado de créditos; utilizando o imposto do país à compra de ações condenadas; estas, em grande parte, têm por objetivo restaurar a confiança e prevenir que a recessão se transforme em algo muito pior.
Desta forma, a economia mundial tem a necessidade de uma regulamentação das movimentações financeiras. No Brasil, Banco Central também anunciou novas medidas que impulsionaram as ações do setor bancário, decidiu implementar um programa de liberação integral dos recolhimentos compulsórios.
Diante deste cenário, nosso país está numa situação privilegiada, com reserva de 200 bilhões de reais.

Elaborado pelos alunos: Andressa Custódio; Luciana Pita; Luciane Bianchi; Priscila Rondon; Karina Lima; Silas.
Editorial 02 – A crise que se espalha no Brasil

A crise econômica dos Estados Unidos ocasionada devido aos empréstimos imobiliários mal controlados refletem negativamente na economia mundial. Em contrapartida, o governo brasileiro tardou para tomar medidas preventivas para evitar maiores impactos no setor econômico.
Nas primeiras semanas da crise, onde já apresentavam sinais de que teria maiores proporções, o governo se mostrou indiferente. O próprio presidente Lula, em discurso à imprensa, declarou seria pouco provável que o Brasil fosse atingindo pela crise, outro personagem de grande relevância o Ministro Mantega também vinha dizendo: O problema é só de preço de commodities, não vai nos afetar.
Diante deste cenário, o governo brasileiro teria condições de realizarem subsídios e recurso de prevenções e controle em relação às conseqüências da crise que até então tem gerado impactos no país, como a alta do dólar que impacta a balança comercial.

Elaborado pelos alunos: Carla; Claudia; Daniele Coelho; Daniele Rosatti; Jéssica; Luiz; Viviane

domingo, 19 de outubro de 2008

Editorial - Aula de 17/10/08

FUNDAMENTOS DE UM “EDITORIAL”

Ao abrirmos os principais jornais diários do país – Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Correio Brasiliense, etc. – constantemente nas páginas internas e, quase sempre na página dois, encontramos o que no jargão jornalístico convencionou-se chamar de Editorial. Assim, nos veículos da chamada grande imprensa é tradicional que se reservem a esses Editoriais duas ou mais colunas diárias que, mesmo numa leitura rápida e sem um maior grau de atenção, destacam-se das demais páginas por serem escritos numa tipologia diferenciada.
Existem algumas particularidades que diferem os Editoriais dos demais textos de um jornal, sendo que a mais importante e visível delas é o fato de que aqueles espaços do veículo se caracterizam por serem objetivamente opinativos e nunca informativos. O Editorial pode esclarecer, ilustrar opiniões, induzir a ações e até entreter. O editorial é institucional. É o pensamento oficial do jornal. A notícia interpretativa é ponto de vista de quem organiza o texto e de quem decide ouvir este ou aquele especialista para ilustrar a matéria. Outra dessas particularidades é que um Editorial, para ser lido e entendido como tal, jamais tem o seu conteúdo assinado por nenhum jornalista.
Existe uma pequena fronteira entre o Interpretativo e o Opinativo, essa fronteira deve ser respeitada. Não importa a opinião do jornalista sobre determinado fato é preciso interpretá-lo. Se o jornalista quiser opinar a respeito de determinado assunto, deverá escrever um artigo assinado. Se for opinar em nome da empresa, escreverá um Editorial, ele é anônimo, embora da responsabilidade do diretor ou redator-chefe.
Quem milita nos meios jornalísticos de São Paulo, por exemplo, sabe que os Editoriais do jornal O Estado de São Paulo são assinados pelo jornalista José Nêumanne Pinto, embora sua assinatura jamais tenha constado de qualquer um dos milhares de Editoriais que tem escrito ao longo de sua carreira, já que, se por acaso viesse a assiná-los, isso automaticamente descaracterizaria todo o seu conteúdo como sendo de um Editorial, visto que, assinando-o estaria emitindo uma opinião pessoal e não o pensamento da empresa a respeito do assunto editorializado. O que é, em sua essência, um dos fundamentos inalteráveis de um autêntico Editorial – ele sempre expressa a opinião da empresa, da equipe redacional ou da própria direção do veículo, jamais a opinião do próprio jornalista que o escreve, mesmo que, como às vezes acontece, o conteúdo do editorial não faça o mais perfeito dos casamentos com o pensamento do profissional que o criou. É que, naquele momento em que, desde as primeiras linhas até o ponto final, ele está incorporando o espírito da empresa, traduzindo com suas palavras a opinião da empresa, como, enfim, politicamente a empresa se manifesta a respeito de um determinado assunto, seja ele de ordem econômica, governamental, tenha seu foco na Saúde ou Transporte, não importa – o conteúdo é, em tudo aquilo que expresse, o pensamento final da empresa jornalística a respeito do assunto abordado.


CARACTERÍSTICAS
Acredita-se que apenas 5% do universo de leitores de um jornal lêem o editorial do dia. É um público pequeno, mas exigente, por isso, o editorial é o espaço do jornal escrito na forma culta da linguagem. É o momento em que o redator utiliza frases estratégicas e argumentos lógicos em busca da persuasão final.
A professora Sônia de Brito, destacou três características básicas do editorial em sua tese defendida na Unesp-Bauru em 1994 (“A Argumentação e a Perlocução no Discurso Jornalístico: O Editorial”):
  1. Topicalidade: trata de tema bem definido;
  2. Condensalidade: poucas idéias, com ênfase maior nas afirmações que nas demonstrações;
  3. Plasticidade: flexibilidade, maleabilidade, não-dogmatismo.

“A finalidade do Editorial é dirigir a opinião pública, persuadindo através de apelo, aviso, palavra de ordem ou constatação dos fatos”, diz a pesquisadora. Ela também ensina que “o editorial moderno não é apenas opinião. Inclui análise e clarificação: Expõe, interpreta, esclarece, analisa padrões e significados da caótica mistura de acontecimentos diários”.

TÉCNICAS

O Editorial parte da máxima que será demonstrado em toda a sua evidência, conforme o ponto de vista do jornal. É necessário que o texto responda as questões: Que, Quem, Quando, Como e Porque, pois será preciso argumentar para chegar a uma conclusão lógica.
A discussão pode ser inspirada numa notícia ou declaração do dia. Uma vez exposta a informação, em curtas linhas, parte-se para a argumentação, sobrepondo linhas de raciocínio cuja estrutura irá depender do domínio do redator sobre o texto.
Ao final é preciso que a argumentação caminha para uma conclusão sobre os pontos de vista defendidos no texto, confirmando ou negando a tese por meio da antítese. A estrutura do texto ficará assim:

  • Informação
  • Argumentação
  • Conclusão

EXEMPLIFICAÇÃO

A tabela abaixo mostra dois editoriais dos jornais Folha de São Paulo e O Estadão nas quais abordam a mesma temática, o golpe que aconteceu na cidade de Granada, só que pontos de vistas distintos.
O texto foi divido nos blocos Informação, Argumentos e Conclusão para exemplificar a estrutura de um Editorial.


Fonte: http://lucajor.vilabol.uol.com.br/fazendoeditorial.htm


Editoriais veiculados no Jornal Folha de São Paulo, na data de 17/10/2008.







domingo, 12 de outubro de 2008

Colunismo I - Coluna Social

COLUNISMO

O nome “Coluna” surgiu em virtude da diagramação original dos textos não-noticiosos publicados regularmente em espaço predeterminado no jornal. Nos jornais do século XIX, tudo que ao era notícia era diagramado em uma única coluna vertical. Ao passar dos anos, os textos de colunas deixaram de se limitar a uma coluna como diagramação e passaram a ter qualquer formato, mantendo sempre o caráter de informações curtas, em notas, ou observações do cotidiano, com uma linguagem mais despojada, lembrando uma crônica. Até meados de 1990 era mais comum que cada coluna tivesse um tema único e específico. Assim, normalmente o mesmo espaço era preenchido e assinado por diversos profissionais, escrevendo sobre os mesmos assuntos. Atualmente, os colunistas têm recebido maior destaque do que as próprias colunas, o que acaba proporcionando-lhes uma liberdade maior para a escolha de qualquer tema.



O tipo mais comum de colunismo é a chamada Coluna Social, que consiste na reunião de informações sobre personalidades famosas da sociedade de uma cidade, região, país, ou até mesmo do mundo. Costuma trazer notas e fotos sobre tais personalidades, envolvendo quase todos os tipos de assuntos que os envolvem com uma linguagem mais informal, cômica, que desperte o interesse, porém isso varia de acordo com o autor que assina.
Coluna Social, normalmente é criticada, por ser um trabalho que muitas vezes quebra a privacidade de uma ou várias pessoas, cerrando uma “guerra” entre jornalismo e fofoca.


COLUNISTAS

O colunista é o profissional responsável que trabalha escrevendo regularmente para um ou mais veículos de comunicação, produzindo textos. Para ser colunista, não precisa necessariamente ser jornalista, ou seja, ser bacharel em jornalismo, desde que o profissional seja capaz de escrever bem e consiga repercussão. Hoje a profissão ganhou novos rumos, e atualmente está presente na televisão, rádio e Internet, cumprindo com o mesmo grau de decência e utilidade, as funções de bem informar, que até então eram desempenhadas unicamente pelo jornalismo impresso. Uma das maiores vantagens deste profissional é ter liberdade de interação e abrangência sobre todos os assuntos, caracterizando e confirmando o caráter eclético de sua “especialização”. Entre os colunistas sociais mais importantes no Brasil, destacam-se: Hildegard Angel, Márcia Peltier, César Giobbi, Amaury Jr., Joyce Pascowitch, , Karen Kupfer, Lú Lacerda.

E os precursores das colunas sociais: Ibraim Sued e Athayde Patrese.












As colunas sociais não se restringem ao noticiário sobre pessoas que freqüentam as altas rodas, mas contemplam os chamados olimpianos (são apresentados pela mídia como exemplo a ser seguido, expressão criada por Edgar Morin) em geral representados, sobretudo por artistas da TV e esportistas de prestígio. Há diferenças importantes entre os colunistas dos jornais cariocas e os colunistas dos jornais paulistas, observando-se, particularmente, maior ênfase a fatos e pessoas do universo político e econômico nas colunas paulistas. As empresas comparecem com freqüência nas colunas, especialmente as que se destacam no cenário brasileiro. A imagem das empresas nas colunas é majoritariamente positiva, quase não se registrando notas desfavoráveis à comunidade empresarial.


IMPRENSA ROSA

Este é o nome que se dá aos veículos de imprensa especializados em cobrir o cotidiano das pessoas, sejam elas celebridades ou pessoas comuns.
Existem jornais e revistas de grande porte, que possuem editorias específicas para esta área, que em jornalismo é denominada comportamento, pois aborda hábitos sociais, sejam de consumo, de alimentação, cultura, entretenimento ou relacionados.



"Um colunista é um repórter e um Relações Públicas ao mesmo tempo, que precisa manter um relacionamento de confiança e respeito com todas as suas fontes e seus focalizados”, comenta o jornalista Ivan Mattos do Jornal do Comércio. Apesar da coluna social ainda sofrer preconceitos, sendo às vezes julgada dentro do jornalismo como área de menor valor, ela está crescendo muito. O conteúdo de uma coluna social já extrapolou o simples relato de quem é quem, ou quem foi onde e com quem. Atualmente já é possível encontrar notas de economia e negócios nessa editoria.


Assim como em qualquer meio de comunicação, as colunas sociais também possuem falhas, tais como fontes errôneas, confusões de pessoas, boatos e informações erradas. O leitor nem sempre consegue visualizar estas falhas, mas mesmo assim tem de haver um comprometimento por parte do veículo em apontar estes erros em forma de nota de errata.
A repercussão social e divulgação de informações fazem com que os profissionais deste segmento sejam agentes de informação e intermediadores de processos sociais, culturais, políticos, etc. que afetam diretamente ao grande público.

A rotina do jornalista é muitas vezes frenética, chegando até gerar tensões, decorrentes de construção de pautas e prazos, a apuração de fatos e a fidelidade narrativa que envolve o contexto e as pessoas citadas, cria um embate também com relação à ética. Pois o profissional deseja passar aquela informação, ou publicar a notícia, e muitas vezes a ética é colocada de lado, extrapolando os limites do bom senso.
Em contrapartida a todos os métodos de fazer a notícia da maneira mais correta e ética, existem os prazos para fechamento, e a corrida diária para não perder o fato mais atual e não ser “furado” pelos concorrentes, mas que não deve-se perder o compromisso com a transmissão da informação de forma correta, e deixar passar algumas falhas como estas que descreveremos.

1 Publicação de matérias com erros de dados, informações equivocadas distorcias ou até mesmo que fogem da realidade.

2 A falta da presença do informante, ou seja, que forneça as informações para que a matéria seja feita.

3 Uso de termos de difícil entendimento para o leitor comum.

4 Frases mal construídas nas matérias, não há uma linearidade das idéias.

5 Erros gramaticais ou de grafia.

6 Publicação de informações supostas, que fazem com que pareça verdade.

7 Falhas na montagem da matéria que não estão ligadas a produção, e sim, na edição e finalização.

8 Matérias comerciais que se confundem com matérias jornalísticas, sem a descrição de “informe publicitário”.

Quando há estes tipos de falhas o jornal tem que oferecer ao leitor uma nota de errata, que já virou até uma parte integrante do jornal.


MANUAIS DE REDAÇÃO

O manual de redação e estilo do jornal O Estado de São Paulo, tem como objetivo expor, de modo ordenado e sistemático, as normas editoriais e de estilo adotadas pelo Estado. Fazendo com que assim haja uma uniformidade na edição do jornal O manual da Folha de São Paulo foi desenvolvido, devido a necessidade de se estabelecer um padrão de redação e estilo, fazendo com que o trabalho jornalístico se desenvolva de modo homogêneo.


COMO ESCREVER BEM?

Esta é uma questão não somente que interessa os jornalistas, como também a todos os profissionais de comunicação, que tem um poderoso difusor de informações, e que necessitam de uma atenção especial com a forma com que são transmitidas. Com base no livro ”Técnicas de Comunicação Escrita”, iremos mostrar três passos para se escrever bem e também os segredos da boa escrita. Para escrever bem devemos:
Obedecer às regras gramaticais, evitando erros de sintaxe, de pontuação, de ortografia etc;
Procurar a clareza, evitando palavras e frases obscuras ou de duplo sentido;
Agradar o leito, empregando expressões elegantes e fugindo de um estilo muito seco.

SEGREDOS DA BOA ESCRITA

Mensagem correta = Resposta correta Escrever bem implica necessariamente a obtenção de uma resposta correta; Resposta correta é aquela que corresponde à idéia que temos em mente e desejamos passar ao leitor.
Escrever bem = Comunicar bem = Tornar comum Fazer com que o pensamento seja passar de forma que a mensagem seja compreendida por indivíduos diferentes, ou seja, tornar o pensamento comum.
Escrever bem = Persuadir A comunicação escrita deve conter alguns atrativos para motivar ou persuadir. Neste caso, frases de efeito podem fazer a diferença, chamadas que façam com que prendam a atenção do leitor.


No decorrer da pesquisa o grupo percebeu que na maioria das colunas sociais utiliza-se do neologismo como ferramenta de criação de um texto ou nota.
O neologismo tem como definição ser um processo de criação de novas palavras na língua, ampliando o vocabulário ou de dar às palavras que já existem novos sentidos.
O neologismo tem vários tipos de classificação, as mais usadas em colunas sociais são o neologismo léxico, semântico e o estrangeirismo.

Neologismo léxico: Aquisição de uma nova palavra no vocabulário da língua. É o que ocorre com muitas palavras ligadas à Informática: mouse, site (importadas do Inglês), infovia. ”Se a gente morasse em Zurique, tudo bem, mas, neste Rio de Janeura em que vivemos, essa diferença é importante”.

Neologismo Semântico: Empréstimo de um novo sentido a uma palavra já existente: azular = fugir; pistolão = proteção; curtir = aproveitar. “O alemão Hans Weingartner, diretor de “The Edukators”, “ficou” com Ana Cristina Oliveira.” (gíria adolescente para designar relacionamento amoroso curto)

Estrangeirismo: São palavras que adotamos de outras línguas por nos faltarem vernáculas; a tendência mais comum é a de escrevê-las de maneira aportuguesada. “O cabeleireiro Celso Kamura, o mesmo de Marta Suplicy, vem ao Rio daqui a alguns dias para testar os penteados e o make (vulgo maquiagem) que Angélica pretende usar no casamento”.


“Comunicar bem ou, em nosso caso, escrever bem não é luxo, nem exibicionismo, nem ostentação esnobe de conhecimentos gramaticais. Escrever bem é questão de sobrevivência”.


DINÂMICA EM SALA

A dinâmica proposta pelo grupo foi dividir a sala em 3 grupos, e distribuir para cada um deles uma seqüência de fotos do casamento da atriz Juliana Paes e uma folha com informações chave do evento. Os grupos tiveram que redigir textos ou notas com expressões neologistas que remetam a idéia de coluna social.

Escolhemos o texto do Grupo da Cristiane, Camila B., Katty, Talita e Vivian:

"Para a tristeza dos marmanjos Juliana Paes casou!
Emocionadíssima em um vestido tomara-que-caia a sex symbol fez boda em uma cerimônia repleta de celebridades que uniu tradição e irreverência, própria de sua personalidade, percebida em cada detalhe da festa, do vestido até os inusitados noivinhos do bolo.
A musa agora tem dono."

O grupo escreveu uma nota de coluna social bem irreverente, fez uso do estrangeirismo, na palavra sex symbol (segundo o site Wikipédia, é todo e qualquer personagem que possua apelo sexual suficiente para ditar comportamentos na sociedade), e repassaram a mensagem de forma correta, apontando todos os detalhes significativos que continham nas fotos.
Para saber mais:

BLIKSTEIN, Izidoro.Técnicas de Comunicação Escrita.Ed. Ática. São Paulo, 2002.

Folha de São Paulo.Manual da Redação.12ºed.

MARTINS, Eduardo.Manual de Redação de O Estado de S. Paulo.Ed. Moderna.







Recomendamos:
Seja um idiota. - Arnaldo Jabor
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazemos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? Hahahahahaa... Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que eles farão se já não tem por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde amanhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração.
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche.
Diego, Karina Helena e Renata

domingo, 21 de setembro de 2008

Histórias em Quadrinhos

A história das histórias em quadrinhos

Conceito

Quadrinhos é uma arte seqüencial em desenhos conhecida por todos como histórias em quadrinhos, utilizada para narrar uma história, um poema ou um conto.

Uma nova tendência no mercado são os quadrinhos on-line que estão tomando conta da Internet.

Características

As histórias em quadrinhos podem ter balões contendo o texto ou simplesmente ser visual.

Além de servirem como forma de entretenimento, possuem caráter informativo, surgindo assim quadrinhos que abordam temas relevantes como prevenção de acidentes de trabalho, prevenção de doenças, informações de trânsito etc.

Início das histórias em quadrinhos

Surgiu por volta do século XVIII, em 1820 na França. Que possuía como enfoque dar ao povo a chance de transferir-se para a vida romanceada de seus ídolos.

Um dos pioneiros em histórias em quadrinhos foi Rudolf Töpffer, artista e escritor suíço, criando o Senhor Vieux-Bois em 1827. Em 1896, um dos primeiros personagens que obteve sucesso foi o Yellow Kid, de Richard Outcault, logo após começou a ser produzido Katzenjammer Kids primeiro título que usou as características dos quadrinhos atuais.

As primeiras histórias em quadrinhos direcionadas para o público adulto tinham como enfoque um mundo poético, surreal e cômico, onde eram estrelados por personagens na forma de animais, surgindo assim clássicos como: Gato Felix, de Pat Sullivan e Mickey Mouse do Walt Disney.

Os primeiros a criarem as revistas em quadrinhos foram os japoneses na década de 20 e em 1933 os EUA lançava a primeira revista americana de história em quadrinhos. No mesmo período foram lançadas as histórias em quadrinhos do Super Homem e Batman.

Até mesmo a 2ª guerra mundial serviu como inspiração para novas histórias em quadrinhos criando personagens famosos como: Capitão América, conhecido até hoje.

Na década de 60 o mercado de heróis voltou a se fortalecer, devido aos códigos de éticas que estavam em vigor e também por terem cessado um pouco com as perseguições feitas pelos EUA, deixando que editoras lanassem heróis com características mais humanas e fisiológicas, com dramas psicológicos e problemas cotidianos. Foi nessa época que surgiram personagens como: Homem Aranha, O Quarteto Fantástico, o Thor e o Surfista Prateado.

Somente nas últimas décadas do século XX as revistas de heróis ganhavam cada vez mais importância no mercado.


História em quadrinhos no Brasil

Angelo Agostini, um italiano radicado no Brasil, desenhou e publicou, dia 30 de janeiro de 1869, na revista "Vida Fluminense" os quadrinhos "As aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à Corte". Quinze anos depois ele seria responsável pela criação dos primeiros quadrinhos brasileiros de longa duração, com as Aventuras do Zé Caipira.Outro marco importante da história das Histórias em Quadrinhos deu-se em 1860 quando Gustavo Doré que tentou ilustrar uma piada.

Em 1937, Roberto Marinho entrou no ramo com O Globo Juvenil e dois anos depois lançou o Gibi, nome que passaria a ser também sinônimo de revistas em quadrinhos. Na década de 50, começaram a ser publicados no Brasil, pela Editora Abril, as histórias em quadrinhos da Disney .

A partir da década de 60, aumentaram as publicações e os personagens brasileiros. Destaque para Pererê, de Ziraldo, Gabola, de Peroti, Sacarrolha, de Primaggio e também surgia nesta época os personagens de Maurício de Sousa, como a Turma da Mônica. Estes personagens vieram a se tornar lideres de vendas no mercado nacional. A Turma da Mônica deu tão certo que foram publicados em diversos países, além de virarem desenho animado e ter sua marca licenciada para diversos de produtos industrializados como roupas, cadernos, lancheiras etc.

A Editora Abril passa a publicar os heróis da Marvel e da DC Comics no Brasil, com as revistas Capitão América e Heróis da TV. E mais tarde foram lançadas as revistas de personagens como Batman, Super-Homem, Homem-Aranha, Incrível Hulk e X-Men, entre outros.

Nos anos 90 o mercado brasileiro cresce um pouco mais. Novas revistas em quadrinhos de heróis passam a ser editadas no país, sobretudo da recém criada Image Comics. A Editora Abril continua na frente das rivais e publica a Spawn norte-americana. A Editora Globo também entra com diversos títulos: Gen 13, Wildcats, CyberForce, Strykeforce, Savage Dragon entre outras.

Atualmente parece que o mercado de quadrinhos no Brasil está crescendo. Além das grandes editoras como a Abril e a Globo novas editoras foram criadas trazendo excelentes títulos.


Quadrinhos Institucionais



Quadrinhos Institucionais usam a linguagem dinâmica das histórias em quadrinhos como estratégia de uma comunicação personalizada, servindo como apoio a divulgação e/ou conscientização de campanhas corporativas ou de marketing para diversos públicos, entre eles funcionários e clientes.

As histórias em quadrinhos institucionais, segundo pesquisas realizadas por empresas de todo o Brasil, atraem seus leitores e auxiliam no recebimento e retenção de informações com mais facilidade do que outros veículos como circulares, e-mails, slides etc.

Esse é um nicho de mercado em ascensão. O segmento às vezes alcança uma tiragem muito maior do que as HQs de super-heróis. A demanda é grande, os custos são baixos e toda a produção, por ser encomendada e com distribuição gratuita, não depende de nenhum resultado de vendas.

Em todo o Brasil são muitos os profissionais, agências de publicidade e estúdios especializados em produzir quadrinhos institucionais para empresas privadas e órgãos públicos.

O ilustrador paulista André Luiz, formado em Comunicação Social e bacharelado em Relações Públicas é um desses especialistas. Ele expõe excelentes motivos pelos quais as empresas devem utilizar os gibis como apoio a ações corporativas ou de marketing. Entre eles:

- Faixa etária: Os quadrinhos Institucionais tornam-se ideais para atingir vários segmentos de públicos;

- Distribuição:Usar quadrinhos como estratégia de comunicação é ótimo, pois um gibi pode ser lido, em média, por 10 pessoas;

- Memorização: O ser humano tem como característica sua sensibilidade a qualquer informação visual, pois é através das imagens que grande parte dos conhecimentos são memorizados.

Mundo Corporativo




Antes concentrados no universo infantil, com temas informativos e educativos relacionados a esse público e promovidos por órgãos públicos, os quadrinhos institucionais entraram de vez no mundo corporativo.

Grandes empresas como Petrobrás, Gessy Lever, Empax, Bompreço, Extra e tantas outras distribuindo internamente (e em alguns casos para os seus clientes) revistas em quadrinhos sobre norma ISO, segurança no trabalho e diversos temas pertinentes a essas organizações.

O poder de comunicação dos quadrinhos pode ser demonstrado pela Graber, uma prestadora de serviço de segurança patrimonial de São Paulo. Na empresa circula o gibi Se Liga, Vig!, que em cada edição trata de um assunto diferente. Em uma delas, ao explicar por intermédio dos personagens Zeca e Silva o uso correto do Serviço de Atendimento ao Vigilante, caiu para menos de 5% o número de chamadas sobre assuntos indevidos feitas pelos vigilantes para a linha telefônica 0800. Antes, o índice era de espantosos 90%.

FICHA TÉCNICA

Revista: Se Liga, Vig!

"Ronda Eletrônica"

Cliente: GRABER

Tamanho fechado: 21cm x 14,8cm

04 Páginas

Por ser uma revista mais simples (04 páginas), o período de elaboração e entrega é reduzido, o que a torna um importante elemento na estratégia de comunicação da empresa.

Assim, a informação chega em histórias curtas, de leitura rápida, indo direto ao ponto e no momento certo.

A Artecétera, editora de São Paulo, também se dedica exclusivamente a essa área. Em seu portfólio há trabalhos para os setores odontológico, varejista, gestão do meio ambiente, marketing, RH e muitos outros.

O estúdio também foi o responsável pela produção da revista em quadrinhos “A gente sabe, a gente faz”, minissérie em oito edições lançada em 2005 pela Editora Globo e promovida pelo Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, em parceria com o cartunista Ziraldo. A publicação era um curso de vendas em quadrinhos e, em cada edição semanal, apresentava com muito humor e didatismo um capítulo das venturas e desventuras de uma família e sua microempresa, além de uma história real de pessoas empreendedoras.

Conhecidos cartunistas têm em seu currículo atuações nessa área. Antônio Cedraz e Ruy Jobim Neto também costumam empregar sua arte em quadrinhos institucionais para empresas.


Companhia Athletica

"Revistas em quadrinhos institucionais atingem um universo bem heterogêneo de pessoas, de uma forma simples, agradável e divertida, sem perder a seriedade dos assuntos abordados. Potencializam a assimilação da informação e atraem muito mais do que um folder ou um informativo só com textos, pois oferecem entretenimento aos leitores", afirma Cedraz.

Mais Exemplos

LABORATÓRIOS ACHÉ

FICHA TÉCNICA

Revista: O Segredo do Pezinho!

Cliente: LABORATÓRIOS ACHÉ

Tamanho fechado: 20,5cm x 13,5cm

16 Páginas

O Aché Laboratórios Farmacêuticos tomou a iniciativa de fazer essa revista em quadrinhos, que explica e alerta para a importância do teste do pezinho, tão importante para o futuro dos recém-nascidos. Nela, acompanhamos a história de Rafael, desde a gravidez de sua mãe até os sete anos. Rafael tem hipotireoidismo congênito mas, graças ao teste do pezinho, ganhou uma corrida contra o tempo!

O Segredo do Pezinho, ganhou destaque em matéria da Revista Isto É Dinheiro 519, na coluna Empresas do Bem! Além de receber muitos elogios espontâneos de profissionais do setor médico.

SIEMENS

FICHA TÉCNICA

Revista: Missão Possível

Cliente: SIEMENS LTDA

Tamanho fechado: 21cm x 14,8cm

12 Páginas

Esta revista traz a família Souza envolvida com ações práticas de economia de energia elétrica em casa, além de falar sobre a água, reciclagem do lixo, cidadania, poluição e consumo consciente.

Através de um passeio ecológico, toda a família descobre que cuidar da natureza é uma missão possível e urgente, que deve começar agora, garantindo uma herança preciosa às gerações futuras.

O sucesso da família foi comprovado através de pesquisas internas realizadas com os funcionários da empresa, o que levou a Família Souza a participar de muitos títulos para vários outros departamentos.

GRUPO VOITH


FICHA TÉCNICA

Revista: Saúde Voith

Cliente: GRUPO VOITH

Tamanho fechado: 21cm x 14,8cm

12 Páginas

Para que um tratamento de saúde possa resultar na cura do paciente, os conselhos médicos precisam ser seguidos, exames feitos e os resultados acompanhados. Nem sempre isso ocorre. Quando os primeiros sintomas começam a desaparecer muita gente abandona os remédios, não faz os exames e, infelizmente, só retorna ao médico quando teve uma grave recaída. Entre outros fatores, isso eleva a sinistralidade do plano de saúde, podendo tornar inviável a manutenção dos benefícios já oferecidos pela empresa.

A medida administrativa mais simples poderia ser "cortar alguns dos benefícios para diminuir as despesas". Mas a Voith preferiu investir no esclarecimento de todos, confiante no resultado de um segundo número da revista em quadrinhos com Vitório e sua família, em conjunto com uma palestra desenvolvida pela administradora do Plano de Saúde, a Velcor.

Assim, a gripe de Vitório faz toda a família conversar e refletir em como agir no caso de doença, perigo da automedicação e quais as melhores maneiras de utilizar esse benefício.

Jornalismo em Quadrinhos

Relações de Semelhanças e Diferenças entre Jornais e Quadrinhos

A história em quadrinhos e o jornal têm uma relação muito mais profunda do que pode parecer. Essa relação não é somente histórica, ela chega também ao nível estrutural. Um autor de quadrinhos pega a sua história, divide em partes e dispõe cada uma dessas partes em um quadro com sua imagem e textos necessários. Esses quadros são justapostos, são ajuntados lado a lado nas páginas. Algumas vezes, o autor colocará um único ou uns poucos quadros por página, outras vezes, vários quadros menores. O leitor, por sua vez, ao ler esses quadros, vai reconstituindo, pouco a pouco, a história narrada. Ora, não é assim também que se faz um jornal? Os jornalistas dividem os acontecimentos cotidianos em partes, que são trabalhadas em matérias, com o texto e as imagens necessárias. Depois, juntam essas partes em páginas, compondo esse objeto que chamamos jornal.

O pensamento gráfico do jornal e o da revista em quadrinhos é fundamentalmente o mesmo: o objeto do discurso é retalhado em unidades menores dispostas em páginas. Mas duas são as diferenças fundamentais:

1. Objeto do discurso - Na revista em quadrinhos é quase sempre uma história a ser narrada e no jornal, é o chamamos vagamente de ‘cotidiano’ ou ‘realidade’.

2. Processo de leitura. As matérias (módulos gráfico-estruturais do conteúdo do jornal) podem ser lidas fundamentalmente em qualquer ordem ou quantidade. Os quadros de uma HQ, ao contrário, devem ser todos lidos e, salvo raríssimas exceções, lidos em uma ordem pré-determinada.

Essas diferenças são suficientemente claras e evidentes para que ninguém pretenda afirmar que uma revista em quadrinhos e um jornal são a mesma coisa. Contudo, o fato de se articularem sobre um mesmo pensamento gráfico é muito significativo. Se considerarmos o fato de que tanto as histórias em quadrinhos quanto o jornal, do modo como os conhecemos, terem evoluído quase sempre juntos, veremos que esse pensamento gráfico em comum não é mera coincidência. Ele foi sendo conquistado por essa parceria entre quadrinhos e jornal.

O Texto Jornalístico e a Reportagem em Quadrinhos - O Trabalho de Joe Sacco

Joe Sacco inventou um gênero que vem sendo chamado de New-New Journalism: literário, investigativo... e em quadrinhos.

Joe Sacco revolucionou o modo de se fazer reportagem jornalística, ao trabalhar com o estilo dos quadrinhos. Suas reportagens, em certos aspectos, são até mesmo mais eficientes do que os tradicionais textos jornalísticos ou textos acadêmicos, dos livros de História. Sacco demonstrou que os quadrinhos, apesar de parecerem inadequados para tratar de temas complexos e polêmicos como os conflitos na Palestina e nos Balcãs, são perfeitamente utilizáveis no meio jornalístico.


Os textos tradicionais aspiram à "objetividade" - ou seja, ao relato isento dos fatos - mesmo sabendo desde o princípio que sua tarefa não será bem sucedida, já que não existe a objetividade "pura", "idealizada" do jornalismo, pois o sujeito da enunciação do discurso deixará sempre sua marca, mesmo nas demonstrações onde essas marcas possam parecer inexistentes. Na busca pela "maior objetividade possível", o texto jornalístico deve, todavia, adotar certos procedimentos que garantam, ao máximo, o rigor da informação divulgada, a fidelidade às "fontes" da reportagem, a precisão descritiva - ele quer se aproximar ao máximo do objeto da reportagem e deseja analisá-lo a partir de vários pontos de vista.

A linguagem dos quadrinhos é bastante divergente quanto ao texto jornalístico tradicional. Ela é, muito mais, uma forma de manifestação estética. Analisada como arte, ela dá muita liberdade ao autor, permitindo a livre expressão de um sentimento, de um desejo, de uma determinada percepção do mundo por parte deste. As HQs retratam o "mundo interior" do artista, seu imaginário, suas percepções e reflexões. O quadrinho estabelece como compromisso maior dar forma ao imaginário de seu autor. Ou seja, o jornalismo em quadrinhos cria como base uma linguagem ligada ao entretenimento e à ficção, e que não tem como fornecer o mesmo grau de realismo.

Joe Sacco e suas "reportagens em quadrinhos" colocam, então, uma questão formal bastante complicada: como conciliar o texto jornalístico tradicional, aquele que é utilizado nas "reportagens", com a livre expressão e a não-ambição pela objetividade dos quadrinhos? Faz-se necessário, para isto, uma meticulosa ambientação e alguns mecanismos de linguagem para ajudar o jornalista a alinhar o enredo, humanizar o relato, recriar situações que não seriam resgatadas de outro jeito, dar contextos e introduzir comentários. Os fatos, no entanto, devem ser recriados com rigor. Caso contrário, não será jornalismo.

A leitura e análise das HQs jornalísticas Joe Sacco levam a pensar no estilo de reportagem marcante na contemporaneidade, popularizado pela televisão: a reportagem intimamente ligada à imagem e/ou à fotografia. A imagem tornou-se a palavra chave do jornalismo contemporâneo, e o texto serve cada vez mais como suporte à imagem.

Sites para consulta:

http://www.andrehq.com.br/website/index.asp?cod=204&idi=1

http://www.artecetera.art.br/

http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/n26032007_05.cfm

http://blog.tiburcio.locaweb.com.br/2007/11/24/entrevista-sobre-quadrinhos-na-empresa/


Na dinâmica realizada, os quatro grupos montaram uma história em quadrinhos a respeito de temas selecionados pelo grupo, que estará em exposião na sala durante a próxima semana.

Esperamos que tenham gostado da aula.

Depois postaremos as tabelas utilizadas na apresentação.

Abraços,

Claudia, Giselli e Viviane.