domingo, 24 de agosto de 2008

Crônica Literária - O dia-a-dia na Literatura.

Crônica

Crônica é uma narrativa relacionada a temas do cotidiano. No Brasil, a crônica ganhou força na década de 30, e o gosto popular na década de 60, quando passou a ser publicada em jornais e revistas.
Diferente de contos, poemas, romances e outros gêneros literários, a crônica é escrita em estilo pessoal, podendo ser composta com base nas opiniões e recordações do autor e fatos da sociedade em que ele vive. Portanto, o primeiro passo para escrever uma crônica é eleger um tema central e desenvolver um texto livre com base neste.
Nas redações (de jornais ou revistas), os cronistas usufruem do espaço dedicado a eles no qual podem ter total liberdade de redação e não seguem as normas descritas nos manuais.
Por se tratar de um texto livre, a quantidade de personagens também é livre, mas geralmente são de números reduzidos, podendo inclusive não haver personagens.
Uma crônica precisa da ótica do autor que observa a vida cotidiana com detalhes é através dele que vários cronistas podem fazer um texto do mesmo tema, mas de forma individual, já que cada um vê um ângulo diferente de um mesmo prisma.


Crônica Literária


“Crônica literária é um texto curto que, usando os recursos da linguagem, reconstrói um fato ou situação do cotidiano retirando deles algo relevante sobre o homem ou o mundo e alcançando um resultado estético. (...) Para ser literária a crônica precisa, em nível micro, um cuidado com a linguagem: ritmo frasal, sonoridade, multiplicidade semântica. E em nível macro, uma estrutura pensada, o fato ou situação deve ser uma metáfora ou uma metonímia... O cronista literário, embora parta de algo sensível e palpável, deve revelar no texto uma realidade transfigurada.” MORENNO, Pablo.

Assim como a crônica, a crônica literária usa uma linguagem livre, beirando o conto, no entanto sua clara estrutura marca seu formato como um gênero literário.
Geralmente os temas tratados nas crônicas literárias ganham personagens, lugares e um enredo atemporal, o que faz com que o texto se deixe entender a qualquer pessoa e em qualquer lugar.


Entre crônicas

As crônicas literárias nascem para os livros, diferente das crônicas de jornais. Ambas versam fatos do cotidiano e sua linguagem sempre dever ser adaptada aos públicos aos quais se dirigem.
Um cronista em uma coluna de jornal de economia e negócios não terá a mesma forma de narração de um cronista do caderno de cultura, podendo este último abusar dos recursos literários e lúdicos do qual sua criatividade oferece.
O que é comum em qualquer crônica são o uso do bom humor, sarcasmo ou ironia em sua linguagem, dando sempre ao leitor um texto humorístico ou politizado sobre uma idéia do autor e sua visão sobre a realidade.
Entre outros nomes, um dos maiores cronistas brasileiros são: Rubem Braga, Luís Fernando Veríssimo, Machado de Assis, José de Alencar, Carlos Drummond de Andrade, Arnaldo Jabor, Lya Luft, Ivan Lessa e Fernando Sabino.


O Literário e a Literária



Jornalismo literário não é crônica literária. Então qual o propósito de se falar de Jornalismo Literário?
Na posição de relações públicas, uma das qualidades deste profissional é conhecer sobre os mais diferentes estilos literários e saber qual o mais indicado a um determinado público.
Assim como na crônica, o jornalismo literário tem a função de traduzir em um livro as experiências vividas por um repórter sobre uma determina realidade, no qual Henry James chamou de felt life (vida sentida em tradução livre).
Nascido na década de 60, o jornalismo literário também pode ser chamado de romance de não ficção. Um dos principais precursores deste gênero é Truman Capote, que inaugurou esta literatura com o livro A Sangue Frio. No Brasil, Caco Barcellos é um dos melhores representantes deste gênero.
A importância em falar de Jornalismo Literário é destacar que como a crônica, seu papel é falar de uma determinada realidade de um lugar e seus fatos cotidianos em uma linguagem não jornalística da redação.


O RP na redação

O essencial para um relações públicas é saber distinguir o mais importante para um determinado público. Por exemplo, em um jornal interno sempre haverá as páginas dedicadas ao entretenimento, por isso, o RP deve distinguir que linguagem usar e para qual público destinar, neste sentido a crônica literária segue com mais uma opção que pode e deve ser usada.


Bibliografia

BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos A.; “Dicionário de comunicação”; editora Ática, ano 1987 – pg187.

KRAMER, Mark. “Regras rompíveis do Jornalismo Literário”. Disponível em http://www.textovivo.com.br/seminario/nota07.htm. Acessado em 20 e agosto de 2008 às 21h.

MORENNO, Pablo. “Entrevistas”. Disponível em www.wseditor.com.br/index.php?do=Wm14aGRtOXlKVE5FWlc1MGNtVjJhWE4wWVNVeU5tbGtKVE5FT1RSWFYyRnpaeDc3OA==. Acessado em 20 de agosto de 2008 às 20h.

Site da Literatura. “Crônica: um gênero literário”. Disponível em www.sitedeliteratura.com/Teoria/cronicas.htm. Acessado em 21 de agosto de 2008 às 20h

USP. “Faça um bom trabalho“. Disponível em www.toligado.futuro.usp.br/html/bom_trabalho.html. Acessado em 21 de agosto de 2008 às 23h

Wikipédia, a enciclopédia livre. “Crônica”. Disponível em pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nica. Acessado em 20 de agosto de 2008 às 17h.
Wikipédia, a enciclopédia livre. “Jornalismo Literário”. Disponível em pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_liter%C3%A1rio. Acessado em 20 de agosto de 2008 às 14h.


Alunas: Aline, Camila Amaral e Madeleine.

4 comentários:

Anônimo disse...

Meninas,
Gostei bastante da apresentação de vocêis, mesmo sem o datashow, deve ter sido porque sentei bem na frente do notebook (risos), brincadeira. O que importa mesmo é o CONTEÚDO da apresentaçao e o que absorvemos dela.
A atividade foi bem legal. Álias, as atividades estão bem mais dinâmicas e criativas que o semestre passado. Isso me preocupa um pouco, pois os próximos grupos tem que manter o nível né, inclusive o meu.
Bom, posso parecer exagerada, mas estou adorando as nossas últimas aulas de sexta à noite. E ainda mais que podemos acompanhar pelos blogs e fazer comentários, hehe.

Anônimo disse...

Meninas e meninos,

Também estou gostando das aulas de sexta-feira. Muito melhores do que no semestre passado.
Espero que o nível não caia.
E por falar em nível, gostei do conteúdo sobre a crônica e da comparação com o jornalismo literário.
Talvez um exemplo ou um link para exemplos aqui na rede enriquecesse o conteúdo e concretizasse a forma e a linguagem.
E por falar em concreto: já que mencionaram formalmente as referências bibliográficas, deveriam ter feito de acordo com as normas.
Isso pode ser um bom assunto para o pessoal do leitor crítico. A entrevista do Pablo Moreno, por exemplo, não é de 2008. No site, há a data da publicação. E vocês não viram.
Outras dicas para o leitor crítico: "Entre outros nomes, um dos maiores cronistas brasileiros são" (concordância) e "as experiências vividas por um repórter sobre uma determina realidade, no qual Henry James chamou de felt life" (uso de pronome relativo "no qual").

Abraço.

Roberto.

Anônimo disse...

Pessoal,
as crônicas que refizemos (atividades em sala) não serão postadas no blog?

Eliana Nogueira

Anônimo disse...

Olá galerinha....
Parabéns pela apresentação! Adorei a dinâmica foi bem criativa e contribuido bastante para fixar o conteúdo!!!

Bjos

Andressa.